* 12 Nesses dias, Jesus foi para a montanha a fim de rezar. E passou toda a noite em oração a Deus. 13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos, e escolheu doze dentre eles,
aos quais
deu
o nome
de apóstolos:
14 Simão,
a quem
também deu
o nome
de Pedro,
e seu irmão
André;
Tiago
e João;
Filipe
e Bartolomeu;
15 Mateus
e Tomé;
Tiago,
filho
de Alfeu,
e Simão,
chamado
Zelota;
16 Judas,
filho
de Tiago,
e Judas
Iscariotes,
aquele
que
se tornou
traidor.
Anseio por um mundo novo -*
17 Jesus desceu da montanha com os
doze
apóstolos,
e parou
num lugar
plano.
Estava
aí numerosa
multidão
de seus discípulos
com muita
gente
do povo
de toda
a Judéia,
de Jerusalém,
e do litoral
de Tiro
e Sidônia.
18 Foram
para ouvir
Jesus
e serem
curados
de suas doenças.
E aqueles
que
estavam
atormentados
por espíritos
maus,
foram
curados.
19 Toda
a multidão
procurava
tocar
em Jesus,
porque
uma força
saía
dele,
e curava
a todos.
Comentário:
*
12-16: Jesus escolhe os doze apóstolos, que formarão o
núcleo da comunidade nova que ele veio criar. A palavra apóstolo significa aquele que Jesus envia para continuar a sua obra.
*
17-26: O povo vem de todas as partes ao encontro de
Jesus, porque a ação dele faz nascer a esperança de uma sociedade nova,
libertada da alienação e dos males que afligem os homens. Os vv. 20-26
proclamam o cerne de toda a atividade de Jesus: produzir uma sociedade justa e
fraterna, aberta para a novidade de Deus. Para isso, é preciso libertar os
pobres e famintos, os aflitos e os que são perseguidos por causa da justiça.
Isso, porém, só se alcança denunciando aqueles que geram a pobreza e a opressão
e depondo-os dos seus privilégios. Não é possível abençoar o pobre sem libertá-lo
da pobreza. Não é possível libertar o pobre da pobreza sem denunciar o rico
para libertá-lo da riqueza.
Lucas
condensa aqui várias informações importantes sobre o ministério de Jesus. A
primeira é que ele sobe à montanha e passa a noite inteira em oração a Deus.
Nesse colóquio com o Pai, Jesus se prepara para a escolha que está prestes a
fazer: selecionar e nomear, dentre seus discípulos, os doze apóstolos, aos
quais vai dedicar uma formação especial. Era a maneira de garantir a missão da
Igreja. Ao descer da montanha, juntamente com os discípulos, Jesus se depara
com outros discípulos e com imensa multidão, sedentos de ouvir sua palavra e
serem curados de suas doenças. A escolha dos apóstolos não fez Jesus esquecer
as massas aflitas e abandonadas. Uma nota própria de Lucas é a energia boa que
de Jesus procede e que é capaz de curar a todos. Claro que “toda a multidão”
queria tocar nele!
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