13 Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu: o Filho do Homem. 14 Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem seja levantado. 15 Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.”
Jesus provoca decisão -* 16 “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele.
Comentário:
* 9-15: A grande novidade que Deus tem
para os homens está em Jesus, que vai revelar na cruz a vida nova. Aí ele
demonstra o maior ato de amor: a doação de sua própria vida em favor dos homens.
* 16-21: Deus não quer que os homens se
percam, nem sente prazer em condená-los. Ele manifesta todo o seu amor através
de Jesus, para salvar e dar a vida a todos. Mas a presença de Jesus é incômoda,
pois coloca o mundo dos homens em julgamento, provocando divisão e conflito, e
exigindo decisão. De um lado, os que acreditam em Jesus e vivem o amor,
continuando a palavra e a ação dele em favor da vida. De outro lado, os que não
acreditam nele e não vivem o amor, mas permanecem fechados em seus próprios
interesses e egoísmo, que geram opressão e exploração; por isso estes sempre
escondem suas verdadeiras intenções: não se aproximam da luz.
Já no final do século V, no Oriente, e
final do século VII, no Ocidente, havia uma comemoração em torno da cruz do
Senhor. No dia 14 de setembro, as igrejas que tinham uma relíquia maior da cruz
costumavam expô-la à veneração dos fiéis, em celebração solene. A esse fato
dava-se o nome de “exaltação” da Santa Cruz. Instrumento de suplício e símbolo
de derrota, a cruz se transformou em sinal de luz e esperança, por ato e mérito
de Jesus Cristo, que aceitou fazer dela sinal de amor: “Ninguém tem amor maior
do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). São Paulo compreendeu e expressou a riqueza contida na
crucificação de Jesus: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Sua cruz
se torna para nós fonte de salvação: “Fostes resgatados… pelo precioso sangue
de Cristo” (1Pd 1,18-19).
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