quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Lucas 13, 22-30 A salvação é para todos.


* 22 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo caminho para Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos aqueles que se salvam?” Jesus respondeu: 24 Façam todo o esforço possível para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo: muitos tentarão entrar, e não conseguirão. 25 Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês vão ficar do lado de fora. E começarão a bater na porta, dizendo: ‘Senhor, abre a porta para nós!’ E ele responderá: ‘Não sei de onde são vocês’. 26 E vocês começarão a dizer: ‘Nós comíamos e bebíamos diante de ti, e tu ensinavas em nossas praças!’ 27 Mas ele responderá: ‘Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês que praticam injustiça!’ 28 Então haveráchoro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaac e Jacó junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vocês jogados fora. 29 Muita gente virá do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 Vejam: últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.”
Comentário:
* 22-30: Jesus não responde diretamente à pergunta. A salvação é universal, está aberta para todos, e não só para aqueles que conhecem a Jesus. A condição é entrar pela porta estreita, isto é, escolher o caminho de vida que cria a nova história.
Séria advertência de Jesus a seus conterrâneos, sobretudo aos dirigentes do povo de Israel. Apoiados nos inúmeros preceitos que eles procuravam cumprir à risca, estavam convencidos de que já possuíam o Reino dos Céus e a felicidade eterna. Esqueciam, porém, o essencial, ou seja, a prática da justiça e o constante exercício da misericórdia. Ao dizerem “comíamos e bebíamos na tua presença”, eles mentem; na verdade criticavam Jesus que fazia refeição com os pecadores (cf. Lc 15,2). Estes, sim, aceitaram Jesus em sua vida: “Há últimos que serão os primeiros”. Não basta saber quem é Jesus ou argumentar de modo brilhante sobre seus ensinamentos. É necessário aceitá-lo como Mestre e seguir com ele “no caminho para Jerusalém”. É para estes que o “dono da casa” abrirá a porta da salvação.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Lucas 13, 18-21 O Reino atingirá o mundo inteiro.


* 18 E Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com o que eu poderia compará-lo? 19 Ele é como a semente de mostarda que um homem pega e joga no seu jardim. A semente cresce, torna-se árvore, e as aves do céu fazem seus ninhos nos ramos dela.”
20 Jesus disse ainda: “Com o que eu poderia comparar o Reino de Deus? 21 Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.”
Comentário:
* 18-21: Cf. nota em Mc 4,30-34 A missão atinge o mundo inteiro -* 30 Jesus dizia ainda: “Com que coisa podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar? 31 O Reino é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes da terra. 32 Mas, quando é semeada, a mostarda cresce e torna-se maior que todas as plantas; ela ramos grandes, de modo que os pássaros do céu podem fazer ninhos em sua sombra.”
33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas outras parábolas como essa, conforme eles podiam compreender. 34 Para a multidão Jesusfalava com parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, ele explicava tudo.
A semente de mostarda e o fermento, aparentemente insignificantes, são elementos que encerram promessa de crescimento e grandeza. Contêm vitalidade. O Reino de Deus é assim: traz na sua essência o dinamismo do Espírito Santo. Ninguém vê nem conhece o processo de crescimento do Reino e da Igreja, mas os resultados aparecem. É no coração das pessoas que se dá o movimento de adesão a Cristo. E isso se dá em ritmo lento, empenhativo. Jesus não se impõe; simplesmente propõe e aguarda com paciência a resposta positiva dos seus possíveis discípulos. Pessoas humildes e frágeis constituem o germe da salvação universal: com o poder de Deus, tornam-se capazes de cristianizar a grande massa humana. Cabe-nos perseverar na prática cotidiana do bem. No devido tempo, os frutos surgirão.