* 5 Jesus estava entrando em Cafarnaum, quando um oficial romano se aproximou dele, suplicando: 6
“Senhor,
meu empregado
está
em casa,
de cama,
sofrendo
muito
com uma paralisia.” 7 Jesus respondeu: “Eu vou curá-lo.” 8
O oficial
disse:
“Senhor,
eu não
sou
digno
de que
entres
em minha casa.
Dize
uma só palavra
e meu empregado
ficará
curado.
9 Pois
eu também obedeço
a ordens
e tenho
soldados
sob
minhas ordens.
E digo
a um: vá,
e ele vai;
e a outro:
venha,
e ele vem;
e digo
ao meu empregado:
faça
isso,
e ele faz.”
10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Eu garanto a vocês: nunca encontrei uma fé igual a essa em
ninguém
de Israel!
11 Eu digo
a vocês:
muitos
virão
do Oriente
e do Ocidente,
e se sentarão
à mesa
no Reino
do Céu
junto
com Abraão,
Isaac
e Jacó.
12 Enquanto
os herdeiros
do Reino
serão
jogados
nas trevas
exteriores
onde
haverá
choro
e ranger
de dentes.”
13 Então
Jesus
disse
ao oficial:
“Vá,
e seja
feito
conforme
você
acreditou.”
E nessa
mesma
hora
o empregado
do oficial
ficou
curado.
Ser livre para servir -*
14 Jesus foi para a casa de Pedro, e viu a sogra de Pedro deitada, com febre. 15 Então Jesus tocou a mão dela, e a febre a deixou. Ela se levantou, e começou a servi-los.
Jesus é o Servo de Javé -*
16 À tarde, levaram a Jesus muitas pessoas que estavam possuídas pelo demônio. Jesus, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os doentes, 17
para que
se cumprisse
o que
fora
dito
pelo profeta
Isaías:
“Ele tomou
as nossas
enfermidades
e carregou
as nossas
doenças.”
Comentário:
*
5-13: Atendendo ao pedido de um pagão, Jesus mostra que
as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma
origem privilegiada. A fronteira agora é a fé na palavra libertadora de Jesus.
Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé,
também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.
*
14-15: A presença de Jesus na comunidade liberta as
pessoas do mal. Em resposta, as pessoas libertas se põem a serviço da
comunidade.
*
16-17: Mateus mostra o sentido das curas realizadas por
Jesus. Citando Is 53,4, ele apresenta Jesus como o Servo de Javé, que liberta
os homens de tudo aquilo que os aliena e oprime (demônios).
Um centurião, no exército romano,
comandava cem soldados. Não pertencia ao povo de Israel. Sabendo que qualquer
judeu observante não podia entrar em sua casa, pede que Jesus cure, à
distância, o seu criado. E o faz com profunda fé e humildade: “Eu não sou
digno”. Pela fé, altamente elogiada pelo Senhor, ele entra na comunidade
cristã. Os pagãos chegam para fazer parte da comunidade de Jesus, ao passo que
os “filhos do reino” (povo de Israel) afastam-se da luz (o próprio Jesus) e se
perdem na escuridão. Jesus toma a inciativa e, sem proferir palavras, segura a
mão da sogra de Pedro, “e a febre a deixou”. Imediatamente “ela se levantou e
começou a servi-lo”. Com uma palavra, Jesus cura ainda numerosos outros
enfermos: “Ele assumiu nossas fraquezas e carregou nossas doenças” (cf. Is
53,4).