31 O Reino é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes da terra. 32 Mas, quando é semeada, a mostarda cresce e torna-se maior que todas as plantas; ela dá ramos grandes, de modo que os pássaros do céu podem fazer ninhos em sua sombra.”
33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas outras parábolas como
essa, conforme
eles podiam
compreender.
34 Para a multidão
Jesus
só falava
com parábolas,
mas,
quando
estava
sozinho
com os discípulos,
ele explicava
tudo.
Jesus é o Senhor da história -*
35 Nesse dia, quando chegou a tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para o outro lado do mar.”
Comentário:
*
30-34: Diante das estruturas e ações deste mundo, a
atividade de Jesus e daqueles que o seguem parece impotente, e mesmo ridícula.
Mas ela crescerá, até atingir o mundo inteiro.
*
35-41: Jesus atravessa com os discípulos para a terra dos
pagãos. O mar agitado é símbolo das nações pagãs que ameaçam destruir a
comunidade cristã. Mas Jesus é o Senhor da história e dos povos. O medo dos
discípulos é sinal da falta de fé: eles não conseguem ver que a ação de Jesus
transforma as situações.
A prática de dedicar um dia à
comemoração de todos os falecidos aparece na Igreja, pela primeira vez, com o
bispo Isidoro de Sevilha, no século VII. Nos ritos fúnebres, a Igreja celebra
com fé o mistério pascal, na certeza de que todos os que se tornaram pelo
batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam
com ele à vida sem fim (cf. Ritual das Exéquias, 1). O primeiro prefácio dos
fiéis defuntos, além de expressar o sentido da morte cristã, nos ilumina,
consola e nos abre um horizonte de esperança: “Aos que a certeza da morte
entristece, a promessa de imortalidade consola. Ó Senhor, para os que creem em
vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal,
nos é dado nos céus um corpo imperecível”. Perigo à vista. Informam a Jesus que
o inquieto Herodes quer matá-lo. Jesus não se cala; manda o troco a Herodes, a
quem dá o apelido de raposa. Em aramaico “raposa” tem duplo sentido: o de
animal astuto, mas insignificante. Abarcaria Herodes os dois sentidos? Jesus
informa que ninguém o impedirá de concluir sua obra de libertação. Quando
chegar o momento, então entrará na cidade, porque “não convém que um profeta
morra fora de Jerusalém”. Na segunda parte, Jesus expressa sentido lamento em
relação à “cidade da paz”, que mata os profetas, entre os quais Jesus se
coloca. Ao dizer “a casa de vocês”, ele faz referência ao Templo que será
destruído. Jesus, porém, não vai abandonar a cidade nem os corações humanos,
pois aí será aclamado: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor!”