* 1 Num dia de sábado, Jesus estava passando por uns campos de trigo. Os discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2 Então alguns fariseus disseram: “Por que vocês estão fazendo o que não é permitido em dia de sábado?” 3 Jesus respondeu: “Então vocês não leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam sentindo fome? 4 Davi entrou na casa de Deus, pegou e comeu dos pães oferecidos a Deus, e ainda os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães.” 5 E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor do sábado.”
Comentário:
* 6,1-5: Sendo senhor do sábado, Jesus
está acima das leis, mesmo religiosas, que os homens elaboram. Ele relativiza
essas leis, mostrando que elas não têm sentido quando impedem o homem de ter
acesso aos bens necessários para a própria sobrevivência.
Os
discípulos de Jesus colhem espigas e as comem. Interpretando o fato de debulhar
espigas como colheita e, portanto, como violação ao repouso sabático, os
fariseus recriminam a atitude dos discípulos. Apoiado em passagem da Escritura
e citando o respeitado nome de Davi, Jesus enuncia um princípio decisivo: em
caso de necessidade, a manutenção da vida tem precedência sobre o respeito às
proibições religiosas. Sem alimentar-se não há ser humano, o qual é maior do
que qualquer prescrição, pois “o sábado foi feito para o homem” (Mc 2,27). Ao
dizer “o Filho do Homem é senhor do sábado”, Jesus nos ensina que as
instituições, estruturas, leis e costumes devem estar a serviço do homem: podem
ser abolidos e cair para segundo plano em qualquer circunstância em que uma
necessidade urgente o exigir.
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