20 Levantando os olhos para os discípulos, Jesus disse: “Felizes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence. 21
Felizes
de vocês
que
agora
têm
fome,
porque
serão
saciados.
Felizes
de vocês
que
agora
choram,
porque
hão
de rir.
22 Felizes
de vocês
se os homens
os odeiam,
se os expulsam,
os insultam
e amaldiçoam
o nome
de vocês,
por causa
do Filho
do Homem.
23 Alegrem-se
nesse
dia,
pulem
de alegria,
pois
será
grande
a recompensa
de vocês
no céu,
porque
era
assim
que
os antepassados
deles
tratavam
os profetas.
24 Mas,
ai
de vocês,
os ricos,
porque
já
têm
a sua consolação!
25 Ai
de vocês,
que
agora
têm
fartura,
porque
vão
passar
fome!
Ai
de vocês,
que
agora
riem,
porque
vão
ficar
aflitos
e irão
chorar!
26 Ai
de vocês,
se todos
os elogiam,
porque
era
assim
que
os antepassados
deles
tratavam
os falsos
profetas.”
Comentário:
*
17-26: O povo vem de todas as partes ao encontro de
Jesus, porque a ação dele faz nascer a esperança de uma sociedade nova,
libertada da alienação e dos males que afligem os homens. Os vv. 20-26
proclamam o cerne de toda a atividade de Jesus: produzir uma sociedade justa e
fraterna, aberta para a novidade de Deus. Para isso, é preciso libertar os
pobres e famintos, os aflitos e os que são perseguidos por causa da justiça. Isso,
porém, só se alcança denunciando aqueles que geram a pobreza e a opressão e
depondo-os dos seus privilégios. Não é possível abençoar o pobre sem libertá-lo
da pobreza. Não é possível libertar o pobre da pobreza sem denunciar o rico
para libertá-lo da riqueza.
Jesus
oferece aos discípulos um panorama do Reino de Deus que ele está implantando.
As bem-aventuranças e as “mal-aventuranças” são realidades que vão se verificar
já ao longo desta vida. Os pobres são pessoas que sofrem privações graves. No
setor econômico: os que têm fome. No plano afetivo: os que choram. No plano
social: os que são odiados e rejeitados pela sociedade injusta que recusa o
projeto de Jesus. Ao lado das bem-aventuranças, Lucas apresenta as
“mal-aventuranças”. Não se trata de condições sociais ou destinos humanos
diferentes. O Reino de Deus é um divisor de águas. De um lado, encontram-se os
que aceitam Jesus e a prática do amor. Do outro, os que rejeitam Jesus e sua
proposta de vida e liberdade para todos. Cada um arca com as consequências da
própria escolha.
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