domingo, 1 de maio de 2022

João 6, 22-29 Deus dá um pão que sustenta para sempre.

22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. 23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade eu vos digo, estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Comentário: * 22-34: A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundância, isto é, governada por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige o empenho do homem. Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária a adesão pessoal a Jesus para que essa vida se torne definitiva. Pedindo um milagre como o do maná do deserto, a multidão impõe condições para aceitar Jesus. Mas o desejo da multidão fica sem efeito, se ela não se compromete com Jesus, o pão da vida que dura para sempre. A presença de Jesus encanta e fascina; ao mesmo tempo, essa presença desperta interesses que devem ser bem discernidos. A multidão, ao procurar Jesus, busca satisfazer sua necessidade imediata que é o pão; este pão, de fato, é importante e necessário, mas Jesus convida o povo que o segue a dar um passo a mais e, dessa forma, buscar o pão que não perece. Ele, Jesus, é esse pão que não se perde; contudo, para percebê-lo como pão de Deus, é preciso ter fé; sem a fé, que é dada por Deus, corremos o risco de permanecermos na esfera superficial da vida e seguirmos sempre em busca de quem nos satisfaz imediatamente. É possível que lancemos um olhar ao nosso redor e busquemos perceber, hoje, como se estabelece nossa relação com Jesus: é uma relação de fé, de conversão ou se trata de uma relação interesseira?

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