quarta-feira, 11 de maio de 2022

João 13, 16-20 Quem segue Jesus deve servir.

16“Em verdade, em verdade vos digo, o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isso e o puserdes em prática, sereis felizes. Jesus é traído por um discípulo - 18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isso, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. 20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”. Comentário: * 1-17: A morte de Jesus abre a passagem para o Pai, e testemunha o amor supremo que mostra o sentido de toda a sua vida. O gesto de Jesus é ensinamento: a autoridade só pode ser entendida como função de serviço aos outros. Pedro resiste, porque ainda acredita que a desigualdade é legítima e necessária, e não entende que o amor produz igualdade e fraternidade. Na comunidade cristã existe diferença de funções, mas todas elas devem concorrer para que o amor mútuo seja eficaz. Já não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas somente a relação pessoal de irmãos e amigos. * 18-30: A longa noite da paixão começa com a traição de Judas, símbolo da traição que pode estar presente dentro da própria comunidade cristã. Existe uma relação de total proximidade entre Jesus e o Pai; é essa relação que deveria haver entre Jesus e seus discípulos. Contudo, se é claro para Jesus que ele é enviado pelo Pai, deve ficar claro para cada discípulo – de todos os tempos – que ele é enviado por Jesus. Noutras palavras, os discípulos de Jesus são chamados a repetir os gestos do Mestre que, na última ceia, como servo, lavou os pés dos seus seguidores por amor e para dar exemplo, para que não restassem dúvidas de qual deveria ser o caminho assumido dali por diante. Assumir o caminho do serviço é, para todos, exigente; requer resiliência e fé profunda e madura, pois no centro de tudo está o Mestre. Com muita rapidez, para a nossa comodidade, podemos considerar as atitudes dos outros, principalmente quando o objetivo é reprovar algo; porém, nada melhor e mais saudável do que olhar para si próprio e buscar viver como o Mestre viveu.

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