quinta-feira, 26 de maio de 2022

João 16, 20—23 A angústia se transformará em alegria.

20 Eu lhes garanto: vocês vão gemer e se lamentar, enquanto o mundo vai se alegrar. Vocês ficarão angustiados, mas a angústia de vocês se transformará em alegria. 21 Quando a mulher está para dar à luz, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas quando a criança nasce, ela nem se lembra mais da aflição, porque fica alegre por ter posto um homem no mundo. 22 Agora, vocês também estão angustiados. Mas, quando vocês tornarem a me ver, vocês ficarão alegres, e essa alegria ninguém tirará de vocês. 23 Nesse dia, vocês não me farão mais perguntas. Eu garanto a vocês: se vocês pedirem alguma coisa a meu Pai em meu nome, ele a concederá. 24 Até agora vocês não pediram nada em meu nome: peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.” Comentário: * 16-24: A morte de Jesus significará ausência e tristeza. Mas é morte fecunda, pois dará lugar à alegria, uma vez que será o princípio de uma presença nova, a presença do Ressuscitado, que age mediante o Espírito Santo. O que acontece com Jesus acontece com todos: para dar fruto, o grão de trigo deve morrer. Também a comunidade é chamada ao testemunho que pode ir até à morte, como entrega em favor do homem, morrendo para dar a vida. A vida é cercada de mistérios e situações que nos são difíceis de compreender. O texto do Evangelho de hoje (e dos últimos dias) fala de uma angústia real e concreta que já é experimentada pelos discípulos de Jesus por causa da sua partida. Porém, essa angústia será transformada em alegria mais adiante, eis a promessa feita por Jesus. Esse tempo de espera é extremamente doloroso e incômodo, pois se vive num estado de suspensão e incertezas. O que fazer? Embora não haja resposta pronta, é possível que mantenhamos a fé e, desse ponto, esperemos o momento em que a alegria tomará o seu lugar. No momento da angústia – que não é fácil – precisamos viver essa hora; contudo, com o coração esperançoso, sem que nos abatamos por completo. Vale a pena repetir que não se trata de um caminho fácil, mas de um caminho que requer fé amadurecida e comprometida com o Mestre.

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