-*
20 Os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente.
21 Nem
se poderá
dizer:
‘Está
aqui’ ou:
‘está
ali’,
porque
o Reino
de Deus
está
no meio
de vocês”
A vinda do Filho do Homem -*
22 Jesus disse aos discípulos: “Chegarão dias em que vocês desejarão
ver
um só dia
do Filho
do Homem,
e não
poderão
ver.
23 Dirão
a vocês:
‘Ele está
ali’
ou:
‘Ele está
aqui’. Não
saiam
para procurá-lo.
24 Pois
como o relâmpago
brilha
de um lado
a outro
do céu,
assim
também será
o Filho
do Homem.
25 Antes, porém,
ele deverá
sofrer
muito
e ser
rejeitado
por esta geração.
Comentário:
*
20-21: É inútil procurar sinais misteriosos da vinda do
Reino. Ele já está presente em qualquer lugar onde a ação de Jesus é
continuada.
*
22-37: Juntamente com o Reino de Deus, o julgamento do
Filho do Homem se realiza na história: ele vem para manifestar a verdade da
vida de todos. Essa manifestação do Filho do Homem é sempre momento grave e
decisivo: dele depende a salvação ou a destruição de cada um. Serão salvos
somente aqueles que, como Jesus, fazem da própria vida dom para os outros (v.
33).
Muitos judeus esperavam a
restauração política de Israel. A isso denominavam o reinado de Deus.
Enganam-se os fariseus querendo conhecer uma data precisa para a instauração do
Reino. Ele já está presente. É o próprio Cristo, com sua ação libertadora. Ação
capaz de reverter as ideias e os atos que sustentam a sociedade injusta,
segundo o cântico de Maria (cf. Lc 1,51-53). Aos discípulos Jesus dá a entender
que é inútil fazer especulações sobre sua pessoa. O Filho do Homem é
imprevisível em suas manifestações. Está aqui e acolá: “Eu estarei com vocês
todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20). O que se pode constatar é que
antes “ele deve sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. O Reino de Deus
está presente, mas sua expansão depende do espírito generoso de todos os
cristãos.
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