* 33 Então Pilatos entrou de novo no palácio. Chamou Jesus e perguntou: “Tu és
o rei
dos judeus?” 34 Jesus respondeu: “Você diz
isso
por si mesmo, ou
foram outros que
lhe disseram isso a meu respeito?” 35 Pilatos falou: “Por acaso eu sou
judeu? O teu povo e os chefes dos sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?” 36 Jesus respondeu: “O meu reino não
é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não
fosse entregue às
autoridades dos judeus. Mas
agora o meu reino não
é daqui.” 37 Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” Jesus respondeu: “Você
está
dizendo que eu sou
rei.
Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo
aquele que está
com a verdade, ouve
a minha voz.”
Comentário:
Pilatos convoca Jesus para o
interrogar, pois os adversários o acusavam de se proclamar rei. Nesse diálogo,
Jesus esclarece a natureza de sua missão e afirma que seu reino “não é deste mundo”.
Mas, que tipo de rei ele é? Eis uma questão que provoca tanto questionamento
ainda em nossos dias. Ao dizer que seu reinado não é deste mundo, muitos tomam
isso como motivo para se desligar dos acontecimentos do cotidiano; justificam a
fuga das responsabilidades e se fecham em suas práticas devocionais. Isso está
longe da proposta de Jesus. O reinado de Jesus é de paz, justiça e
fraternidade. Valores que compõem a proposta de Jesus e que seus seguidores são
chamados a concretizar sempre mais. Tarefa nada fácil, mas necessária; caso
contrário, o “projeto de Deus” continuará sempre longe. Jesus não quer usurpar
nenhum poder constituído, apenas propõe outro modelo: um poder a serviço dos
mais pobres e necessitados. Opção preferencial que a Igreja da América Latina
assumiu.
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