22 E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia.” 23 Depois Jesus disse a todos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga. 24 Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25 De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?
Comentário:
* 18-27: Não basta declarar e aceitar que
Jesus é o Messias; é preciso rever a idéia a respeito do Messias, o qual, para
construir a nova história, enfrenta os que não querem transformações. Por isso,
ele vai sofrer, ser rejeitado e morto. Sua ressurreição será a sua vitória. E
quem quiser acompanhar Jesus na sua ação messiânica e participar da sua
vitória, terá que percorrer caminho semelhante: renunciar a si mesmo e às
glórias do poder e da riqueza.
Contrariamente à mentalidade da época,
Jesus não veio implantar um reinado com base em violência, guerra e expulsão
dos ocupantes estrangeiros. Veio para entregar sua vida por amor. Com linguagem
dura, porém realista, Jesus fala de sua morte, em Jerusalém, pelas mãos dos
chefes do povo. Obediente aos planos do Pai, ele seguirá até o fim, sem fugir
nem esmorecer. E exige que o acompanhemos nesse itinerário. Isso implica tomar
a cruz de cada dia. Não se trata de buscar o sofrimento, como se Deus tivesse
prazer em nos ver sofrer. Trata-se, isto sim, de cumprir a missão que assumimos
como seguidores de Jesus Cristo. Desse modo, daremos testemunho de nossa fé,
mesmo que tenhamos de enfrentar adversidades, para “salvar a própria vida”.
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