* 14 Então os discípulos de João se aproximaram de Jesus, e perguntaram: “Nós e os fariseus fazemos jejum. Por que os teus discípulos não fazem jejum?” 15 Jesus respondeu: “Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar. 16 Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa o pano, e o rasgo fica maior ainda. 17 Também não se põe vinho novo em barris velhos, senão os barris se arrebentam, o vinho se derrama e os barris se perdem. Mas vinho novo se põe em barris novos e assim os dois se conservam.”
Comentário:
* 14-17: Cf. nota em Mc 2,18-22. Jesus
veio substituir o sistema da Lei, rigidamente seguido pelos fariseus. A justiça
que vem da misericórdia abre as portas do Reino para todos.
Jesus
se apresenta como o noivo que desposa a comunidade e convida todos a viverem
esta festa sublime. E a festa é justamente a presença dele, de suas obras em
favor dos menos favorecidos. A festa da renovação de mentalidade. Momento de
reconhecer que não é o acúmulo de obras que apressa a vinda do Messias. Jesus
já está presente como expressão viva do infinito amor de Deus. É preciso entrar
em comunhão com ele. Portanto, nem jejum nem luto, mas festa jubilosa porque
Deus está conosco. A resposta de Jesus não desvaloriza nem anula a prática do
jejum. Mas é preciso não se deter em ações que desviam o foco do que é mais
importante: no centro estão Jesus e seus ensinamentos. Nessa nova realidade,
mais importante do que o jejum é acolher Jesus, presente também na vida do
outro.
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