* 1 Nesse tempo,
chegaram
algumas
pessoas
levando
notícias
a Jesus
sobre
os galileus
que
Pilatos
tinha
matado,
enquanto
ofereciam
sacrifícios. 2 Jesus respondeu-lhes: “Pensam vocês que esses galileus, por terem sofrido tal sorte, eram mais pecadores do que todos os outros galileus? 3 De modo algum, lhes digo eu. E se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo. 4 E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu em cima deles? Pensam vocês que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5 De modo algum, lhes digo eu. E se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo.” 6 Então Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada no meio da vinha. Foi até ela procurar figos, e não encontrou. 7 Então disse ao agricultor: ‘Olhe! Hoje faz três anos que venho buscar figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a. Ela só fica aí esgotando a terra’. 8 Mas o agricultor respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. 9 Quem
sabe,
no futuro
ela dará
fruto!
Se não
der,
então
a cortarás’.”
Comentário:
* 1-9: No caminho da vida há
acontecimentos trágicos. Estes não significam que as vítimas são mais pecadoras
do que os outros. Ao contrário, são convites abertos para que se pense no
imprevisível dos fatos e na urgência da conversão, para se construir a nova
história. A parábola (vv. 6-9) salienta que, em Jesus, Deus sempre dá uma
última chance.
O Evangelho deste final de semana nos
coloca diante do comentário de Jesus a respeito das mortes de alguns galileus e
do acidente da torre de Siloé, quando aproveita para contar a parábola da
figueira estéril. As duas perícopes falam da mesma realidade: a necessidade e a
urgência de conversão, tema muito presente na Quaresma. Os acidentes narrados
não são castigo de Deus, mas podem ser ocasião para chamar à mudança de vida.
As pessoas que morreram não são mais pecadoras do que aquelas que não foram
atingidas. Deus não é vingativo e não se alegra com a morte do pecador. Pelo
contrário, ele deseja que ele se converta e viva. A parábola da figueira
estéril revela a misericórdia e a paciência de Deus. Aceitando a proposta do
agricultor, o dono lhe oferece mais tempo para que a figueira produza frutos. É
tempo de conversão, é tempo de produzir frutos que enobrecem a vida. O grande
risco é uma vida estéril, sem perspectivas, sem aspirações e sem avanços. Sem
nos dar conta, trilhamos caminhos mais prazerosos, que alimentam nosso
individualismo. A religião e a fé precisam mudar nosso coração. É muito fácil
viver uma religião sem compromisso. Evitemos, pois, transformar o projeto de
Jesus num “cristianismo estéril”.
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