sábado, 27 de março de 2021

Marcos 11, 1-10 O Rei-Messias.

 1Quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta'”. 4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando esse jumentinho?” 6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Levaram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”

Comentário:

* 1-11: Jesus é o Rei-Messias que vai confrontar-se com o centro da sociedade judaica, simbolizada por Jerusalém e pelo Templo, sede do poder econômico, político, ideológico e religioso. Ele entra na cidade, não como rei guerreiro, mas como simples homem, humilde e pacífico. Ele traz consigo a inversão de um sistema de sociedade apoiado na violência da força militar, que defende os privilegiados. O povo o aclama como aquele que traz o reino da verdadeira justiça.

Os dias de Jesus estão contados. Ele toma a iniciativa de entrar em Jerusalém, porém de modo totalmente fora do comum. Vejamos como. Nessa época, as ideias a respeito do Messias eram as mais variadas. Em geral o povo e parte dos dirigentes esperavam um Messias dominador, forte guerreiro, capaz de expulsar da Palestina os ocupantes estrangeiros. Seus próprios discípulos eram portadores de uma imagem triunfalista do Messias. Em contraste com essa expectativa, Jesus assume algumas atitudes que mostram o verdadeiro Messias-Rei. Lança mão de um jumentinho e monta sobre ele. As pessoas aí presentes logo se lembram da profecia de Zacarias: “Seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumentinho” (Zc 9,9). Sua marca é a justiça e a solidariedade com o povo.

Oração
Ó Jesus, nosso Rei e Senhor, tua entrada em Jerusalém deu-se na maior simplicidade. Montado num jumentinho, percorres aquelas ruas, enquanto os habitantes da cidade estendem no chão seus próprios mantos para te prestar homenagem: “Bendito o que vem em nome do Senhor. Bendito o Reino que vem”. Amém.

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