sexta-feira, 26 de março de 2021

João 11, 45-56 Os poderosos procuram matar Jesus.

 45Então muitos dos judeus, que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

Comentário:

* 45-57: A comunicação da vida e liberdade é intolerável para um sistema opressor que gera a morte. As autoridades disfarçam sua hostilidade com a desculpa de que o bem da nação está em jogo. Apelam para a segurança nacional. Caifás apresenta a solução que, ironicamente, se tornou o coração da fé cristã: Jesus morrerá por todos. Matando a Jesus, o sistema opressor se denuncia e se destrói a si mesmo, abrindo a possibilidade da vida e liberdade para todos.

Depois do último sinal realizado por Jesus no Evangelho de João – devolver a vida a Lázaro -, muitos judeus acreditaram no Mestre, mas as autoridades não se conformam com essa adesão e propõem eliminar o homem de Nazaré. Para as autoridades e as instituições, Jesus se tornou homem perigoso para a ordem estabelecida. Não há outra solução senão eliminá-lo antes que “pereça a nação inteira”. Esse sinal vem confirmar as palavras de Jesus: são palavras de vida eterna. Por outro lado, seus gestos levam alguns a denunciá-lo às autoridades: é melhor morrer um do que a nação toda perecer. Enquanto Jesus promove a vida, seus adversários tramam tirar a dele. Temos aqui grande contraste: a ressurreição de Lázaro é motivo de morte ao doador da vida, e a morte de Cristo torna-se motivo de vida para a humanidade.

Oração
Senhor e Redentor nosso, tuas atitudes de amor efetivo e doação de vida abundante para todos perturbam os chefes do povo. Eles temem perder o domínio sobre a população e veem desmoronar seus privilégios. Então decidem matar-te. Livra-nos, Senhor, da prepotência e da ganância. Amém.

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