terça-feira, 30 de março de 2021

Mateus 26, 14-25 O Messias vai ser morto.

14Então um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus

O novo Cordeiro pascal - 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos'”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. 
Comentário:   
* 26,1-16: Cf. nota em Mc 14,1-11: A atividade de Jesus vai levá-lo à morte. Entre a conspiração das autoridades e a decisão que Judas toma de trair Jesus, temos o gesto significativo de uma mulher: reconhecendo o verdadeiro sentido da pessoa de Jesus, ela o unge como Messias (unção na cabeça) que vai morrer. O que ela faz é mais importante do que dar esmola aos pobres: não é possível realmente fazer o bem a eles a não ser dentro do projeto de Jesus. A ausência física de Jesus será depois ocupada pelos pobres, que se tornarão sacramento da presença dele.  
* 17-25: Cf. nota em Mc 14,12-21: A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.

Temos o relato da traição de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus. Podemos destacar três momentos: combinação do preço para Judas trair Jesus; preparação da ceia pascal; anúncio durante a ceia de que Judas trairia Jesus. A traição é algo detestável para um cristão, pior ainda quando se trata de amigos. Judas tornou-se homem útil aos planos homicidas das autoridades políticas e religiosas. Tudo acontece num momento íntimo de amizade e festa. Muitas traições são tramadas em grandes e luxuosos banquetes. Judas age livremente. A liberdade é dom precioso que Deus concede ao ser humano, mas seu uso correto é uma conquista de cada um. Trinta moedas, valor de um escravo, são suficientes para o traidor entregar o Mestre. Quando colocamos o dinheiro acima de tudo, somos capazes das piores traições.

Oração
Ó Jesus, zeloso Pastor, um dos teus discípulos estraga a beleza da festa. Por não compreender nem acatar teus planos de amor e vida para todos, ele se afasta do grupo, a fim de executar seus planos perversos. Ajuda-nos, Senhor, a defender as pessoas sufocadas por toda espécie de injustiça. Amém.

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