36 Havia
também uma profetisa chamada Ana, de idade muito avançada. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Tinha-se casado bem jovem, e vivera sete anos com o marido. 37 Depois ficou viúva, e viveu assim até os oitenta e quatro anos. Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. 38 Ela chegou nesse instante, louvava a Deus, e falava do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39 Quando acabaram
de cumprir
todas
as coisas,
conforme
a Lei
do Senhor,
voltaram
para Nazaré,
sua cidade,
que
ficava
na Galiléia.
40 O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele.
Comentário:
* 25-40: Simeão e Ana também
representam os pobres que esperam a libertação. E Deus responde à esperança
deles. O cântico de Simeão relembra a vida e missão do Messias: Jesus será
sinal de contradição, isto é, julgamento para os ricos e poderosos, e
libertação para os pobres e oprimidos (cf. Lc 6,20-26).
A profetisa Ana está presente ao
ritual de apresentação do Menino Jesus no templo. Ana e Simeão, ambos idosos e
guiados pelo Espírito Santo, exprimem a longa espera da humanidade e
apresentam-se como testemunhas da vinda do Libertador. À semelhança de Simeão, Ana
prorrompe em louvor a Deus e fala do Menino “a todos os que esperavam a
libertação de Jerusalém”. Esta cidade é considerada pelo evangelista Lucas o
centro da obra da salvação. Outro aspecto típico de Lucas é mostrar a
participação da mulher no anúncio do evangelho. Terminado o ritual, Jesus e
seus pais voltam a Nazaré, sua cidade. E aí o Menino se submete às
leis naturais do crescimento humano: “Crescia cheio de sabedoria e a graça de
Deus estava com ele”.
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