2 João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras do Messias, enviou a ele
alguns discípulos,
3 para lhe perguntarem:
“És
tu aquele
que
há
de vir,
ou
devemos
esperar
outro?”
4 Jesus
respondeu:
“Voltem
e contem
a João
o que
vocês
estão
ouvindo
e vendo:
5 os cegos
recuperam
a vista,
os paralíticos
andam,
os leprosos
são
purificados,
os surdos
ouvem,
os mortos
ressuscitam
e aos pobres
é anunciada
a Boa
Notícia.
6 E feliz
aquele
que
não
se escandaliza
por causa
de mim!”
A missão de João Batista -*
7 Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: “O que é que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8 O que vocês foram ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas aqueles que vestem roupas finas moram em palácios de reis. 9 Então, o que é que vocês foram ver? Um profeta? Eu
lhes afirmo
que
sim:
alguém
que
é mais do que
um profeta.
10 É de João
que
a Escritura
diz:
‘Eis
que
eu envio
o meu mensageiro
à tua frente;
ele vai
preparar
o teu caminho
diante
de ti’. 11 Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele.
Comentário:
*1-6: Será que
Jesus é verdadeiramente o Messias esperado? A resposta não é dada em palavras,
porque o messianismo não é simples ideia ou teoria. É uma atividade concreta
que realiza o que se espera da era messiânica: a libertação dos pobres e
oprimidos.
*
7-15: Nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que
João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias
são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O v. 12 é
de difícil interpretação. Provavelmente, o evangelista quer mostrar que o Reino
é vítima de violência, porque a velha estrutura injusta resiste para não ser
destruída e reage violentamente. Essa violência dos que se opõem à vontade de
Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.
O
evangelho nos dá a notícia de que João Batista está preso e que, da prisão, ele
envia mensageiros para saber a respeito de Jesus se seria ele o Messias ou se
era preciso esperar por outro. É a dúvida que está na cabeça dele e de muitos
outros. Jesus não responde sim ou não aos discípulos do precursor, mas pede que
levem a João a notícia das obras que são realizadas por ele: revela-se não por
palavras, mas por obras. Pelos frutos, diz Jesus, vocês conhecerão a árvore.
Jesus é realmente o verdadeiro Messias tão esperado: cura os doentes, liberta
do mal e dá esperança aos pobres. É a nova realidade proposta pelo Mestre. Nele
se cumpre o plano divino, pois ele nos revela o amor e a ternura de Deus, como
fora anunciado pelos profetas. Num segundo momento, o próprio Jesus apresenta a
identidade de João. O Batista não é um caniço agitado pelo vento, que age
conforme as circunstâncias; não é alguém representante da classe dominante,
pois se fosse não estaria vivendo no deserto; ele é mais que profeta: é o
mensageiro que denunciou o luxo e a arrogância dos poderosos e anunciou e
preparou a chegada do Mestre.
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