-* 39 Naqueles dias,
Maria
partiu
para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. 40 Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.”
O cântico de Maria -* 46 Então Maria disse:
“Minha alma proclama a grandeza do Senhor, 47 meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
Comentário:
* 39-45: Ainda no seio de sua mãe, João
Batista recebe o Espírito prometido (1,15). Reconhece o Messias e o aponta
através da exclamação de sua mãe Isabel.
* 46-56: O cântico de Maria é o cântico
dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através de Jesus.
Cumprindo a promessa, Deus assume o partido dos pobres, e realiza uma
transformação na história, invertendo a ordem social: os ricos e poderosos são
depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção
dessa nova história.
A partir
de sólida tradição, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe aparece estampada no
manto do índio João Diego, em 1531, na cidade do México. O culto à Virgem de
Guadalupe propagou-se rapidamente e favoreceu a divulgação da fé cristã entre
os indígenas. Construído ao pé da colina de Tepeyac, lugar das aparições, o
atual santuário foi concluído em 1709 e elevado à categoria de basílica pelo
Papa Pio X, em 1904. Este mesmo Papa, em 1910, conferiu à Virgem de Guadalupe o
título de Padroeira da América Latina. João Diego foi canonizado pelo Papa São João
Paulo II, em 2002. Maria de Guadalupe é, acima de tudo, sinal de opção profunda
pelos pobres e marginalizados. De fato, seu diálogo começa com um indígena e se
irradia a partir das margens da cidade, entre as pessoas simples e abandonadas.
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