37 A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Porque, nos dias antes do dilúvio todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio, e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado, e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada, a outra será deixada. 42 Portanto, fiquem vigiando! Porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. 43 Compreendam bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente ficaria vigiando, e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44 Por isso, também vocês estejam preparados. Porque o Filho do Homem virá na hora em que vocês menos esperarem.
Comentário:
* 32-51: Jesus
agora responde à pergunta feita pelos discípulos (v. 3). Cf. nota em Mc
13,28-37. A parábola dos vv. 45-51 ressalta a missão dos responsáveis pela
comunidade cristã. Enquanto esperam por Jesus, eles devem continuar fiéis no
serviço à comunidade, sem cair na tentação de afrouxar a prática da justiça,
diante da demora do Senhor.
Com este domingo, iniciamos
simultaneamente o tempo do Advento e um novo ano litúrgico. O evangelho de hoje
usa a linguagem apocalíptica – forma de expressão bastante comum no tempo de
Jesus e nos momentos de crises e dificuldades – que pode assustar, se não for
bem compreendida, lembrando que o evangelho é sempre uma Boa Notícia, mensagem
de alegria e esperança. O texto de hoje repete várias vezes a expressão “vinda
do Filho do Homem”. O apelo é para ficar preparados para sua chegada, comparada
a três cenas: do dilúvio, dos trabalhadores e do ladrão. Da mesma forma que o
dilúvio chegou inesperadamente, chegará a destruição de Jerusalém. Cada
trabalhador tem seu momento de deixar este mundo. O ladrão normalmente não
anuncia sua chegada. Essas cenas mostram claramente a necessidade de estar
sempre alertas, pois muitas e boas oportunidades surgem com frequência e não
podem ser desperdiçadas por descuido. Deus vem continuamente com suas graças e
suas bênçãos: cabe a cada um abraçá-las e acolhê-las. O amor e a salvação de
Deus são para todos, mas a pessoa é livre para aceitá-los ou recusá-los. O
importante é viver bem o dia a dia, para não ser surpreendido no fim da vida. O
Vaticano II alerta sobre os sinais dos tempos e nos convida a estar sempre
atentos ao que acontece no cotidiano.
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