sábado, 2 de novembro de 2024
Mateus 5, 1-12 Bem-aventuranças: anseio por um mundo novo.
* 1 Jesus viu as multidões, subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos se aproximaram, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. 4 Felizes os aflitos, porque serão consolados. 5 Felizes os mansos, porque possuirão a terra. 6 Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. 8 Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. 11 Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. 12 Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês.”
Comentário:
* 1-12: As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito.” Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.
Desde a origem da Igreja, não faltaram cristãos e cristãs que encerraram, com o martírio por Cristo, o curso de sua vida terrena. Ao lado dos mártires, milhares de seguidores de Cristo deram testemunho de virtudes heroicas e também foram canonizados. Igualmente, outros tantos fiéis, cujos nomes não estão inscritos no rol dos santos, cumpriram fielmente a vontade de Deus e viveram o amor fraterno de modo exemplar. Pois bem, a Solenidade de Todos os Santos, além de venerar esses modelos de santidade, nos ensina que tornar-se santo, ou santa, é possível para todos. Papa Francisco nos adverte: “O que quero recordar com esta exortação [GE] é, sobretudo, o chamado à santidade que o Senhor faz a cada um de nós, o chamado que dirige também a ti: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’ (Lv 11,45; cf. 1Pd 1,16)”.
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