domingo, 3 de novembro de 2024

Lucas 14, 12-14 A verdadeira honra.

12 Jesus disse também ao fariseu que o tinha convidado: “Quando você der um almoço ou jantar, não convide amigos, nem irmãos, nem parentes, nem vizinhos ricos. Porque esses irão, em troca, convidar você. E isso será para você recompensa. 13 Pelo contrário, quando você der uma festa, convide pobres, aleijados, mancos e cegos. 14 Então você será feliz! Porque eles não lhe podem retribuir. E você receberá a recompensa na ressurreição dos justos.” Comentário: * 7-14: Nos vv. 8-11, Jesus critica o conceito de honra baseado no orgulho e ambição, que geram aparências de justiça, mas escondem os maiores contrastes sociais. A honra do homem depende de Deus, o único que conhece a situação real e global do homem; essa honra supera a crença que o homem pode ter nos seus próprios méritos. Nos vv. 12-14, Jesus mostra que o amor verdadeiro não é comércio, mas serviço gratuito, pois o pobre não pode pagar e o inimigo não pode merecer. Só Deus pode retribuir ao amor gratuito. As recomendações de Jesus nos remetem ao cântico de Maria, que diz: “Deus exaltou os humildes, encheu de bens os famintos e despediu os ricos sem nada” (Lc 1,52-53). Recordam-nos também as bem-aventuranças: “Felizes vocês, os pobres, porque de vocês é o Reino de Deus” (Lc 6,20ss.). O que Jesus propõe é também o que ele realiza: acolhe os pobres, cura os doentes, alimenta a multidão faminta. Muitos seguidores do Mestre puseram em prática seus ensinamentos. Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) dedicou-se inteiramente à causa dos mais pobres, em seu campo de missão. Vendo a delicadeza com que ela tratava os doentes, um jornalista lhe disse: “Madre, eu não faria isso nem por um milhão de dólares”, ao que ela respondeu: “Eu também não o faço por um milhão de dólares; faço por amor a Jesus”.

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