sábado, 16 de novembro de 2024

Marcos 13, 14-28 Estejam prevenidos!

-* 14 “Quando vocês virem a abominação da desolação estabelecida no lugar onde não deveria estar, - que o leitor entenda! - então, os que estiverem na Judéia devem fugir para as montanhas. 15 Quem estiver no terraço, não desça para apanhar coisa alguma dentro de casa. 16 Quem estiver no campo, não volte para pegar o manto. 17 Infelizes as mulheres grávidas e aquelas que estiverem amamentando nesses dias! 18 Rezem para que isso não aconteça no inverno. 19 Porque, nesses dias haverá uma tribulação como nunca houve, desde o início da criação feita por Deus, até agora; e nunca mais haverá outra igual. 20 Se o Senhor não abreviasse esses dias, ninguém conseguiria salvar-se. 21 Mas, ele abreviou aqueles dias, por causa dos eleitos que escolheu. Se alguém disser a vocês: ‘Aqui está o Messias’, ou: ‘Ele está ali’, não acreditem. 22 Porque vão aparecer falsos messias e falsos profetas, que farão sinais e prodígios para enganar até mesmo os eleitos se fosse possível. 23 Prestem atenção! Eu estou falando tudo isso para vocês, antes que aconteça.” A história e o fim dos tempos -* 24 “Nesses dias, depois da tribulação, o sol vai ficar escuro, a lua não brilhará mais, 25 as estrelas começarão a cair do céu, e os poderes do espaço ficarão abalados. 26 Então, eles verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens com grande poder e glória. 27 Ele enviará os anjos dos quatro cantos da terra, e reunirá as pessoas que Deus escolheu, do extremo da terra ao extremo do céu.” Fiquem vigiando -* 28 “Aprendam, portanto, a parábola da figueira: quando seus ramos ficam verdes, e as folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está perto. 29 Vocês também, quando virem acontecer essas coisas, fiquem sabendo que ele está perto, já está às portas. 30 Eu garanto a vocês: tudo isso vai acontecer antes que morra esta geração que agora vive. 31 O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras não desaparecerão. 32 Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém sabe nada, nem os anjos no céu, nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe. Comentário: * 14-23: Aqui se retoma o que já foi dito em 13,1-8. A “abominação da desolação” indica a profanação do Templo pelos romanos. O tempo de crise é terrível: os discípulos devem estar atentos para não desanimar e não se deixar enganar por pessoas que apresentam falsos projetos de salvação. * 24-27: A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14). * 28-37: Somente agora Jesus responde à pergunta dos discípulos (v. 4). Mas, em vez de dizer “quando” ou “como” acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável. Com linguagem própria para indicar o final dos tempos, Jesus nos fala de sua vinda gloriosa. Não são palavras para incutir medo nos cristãos, mas garantia de que Deus tem o domínio da história da humanidade. Houve épocas, na história humana, em que tudo parecia desgovernado, um caos incontrolável. Essa suspeita se desfaz ao sabermos que todos “verão o Filho do Homem vindo entre nuvens com poder e grande glória”. Com a parábola da figueira, Jesus nos alerta para estarmos vigilantes e prontos para qualquer hora em que ele chegar, pois ele “reunirá seus eleitos”. Portanto, ninguém perca tempo com especulações sobre como e quando será o final dos tempos. Essa informação está reservada somente ao Pai. Atitude prudente e sábia é viver em contínua conversão e ser fiéis discípulos de Jesus.

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