terça-feira, 5 de novembro de 2024

Lucas 14, 25-33 Para ser discípulo de Jesus.

-* 25 Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele disse: 26 “Se alguém vem a mim, e não dá preferência mais a mim que ao seu pai, à sua mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, esse não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28 De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? 29 Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo: 30 ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31 Ou ainda: Se um rei pretende sair para guerrear contra outro, será que não vai sentar-se primeiro e examinar bem, se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, envia mensageiros para negociar as condições de paz, enquanto o outro rei ainda está longe. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo. Comentário: * 25-35: Seguir a Jesus e continuar o seu projeto (= ser discípulo) é viver um clima novo na relação com as pessoas, com as coisas materiais e consigo mesmo. Trata-se de assumir com liberdade e fidelidade a condição humana, sem superficialismo, conveniência ou romantismo. O discípulo de Jesus deve ser realista, a fim de evitar ilusões e covardias vergonhosas. Quem aceita o convite de Jesus para segui-lo tem de estar disposto a assumir a proposta do Reino dos Céus, ou seja, a prática da justiça e o exercício da fraternidade. Não é possível continuar mergulhado nas solicitações deste mundo e, ao mesmo tempo, ser autêntico discípulo do divino Mestre. Tudo deve ser colocado na balança: também os afetos referentes aos laços familiares. Servir ao mundo e seguir a Jesus Cristo são duas atitudes que não combinam. É preciso escolher e decidir. Prioridade é para o Reino. Viver como cristão não consiste em exibir camisetas com a figura de Jesus ou fazer passeata gritando bordões favoráveis a Cristo. A vida cristã pede convicções mais profundas. Do contrário, diante das primeiras tribulações, o cristão renega o Mestre e escapa do campo de missão.

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