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22 Chegaram a Betsaida. Algumas pessoas levaram um cego e pediram que Jesus tocasse nele. 23 Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, pôs as mãos sobre ele e perguntou: “Você está vendo alguma coisa?” 24
O homem
levantou
os olhos
e disse:
“Estou
vendo
homens;
parecem
árvores
que
andam.”25
Então
Jesus
pôs
de novo
as mãos
sobre
os olhos
dele,
e ele enxergou
claramente.
Ficou
curado
e enxergava
todas
as coisas
com nitidez, mesmo
de longe.
26 Jesus
mandou
o homem
ir
para casa,
dizendo:
“Não
entre no povoado.”
Comentário:
*
22-26: A
cura em dois tempos é um símbolo do que acontece com os discípulos. Eles
acompanham Jesus e vêem tudo o que ele faz, mas ainda não percebem que Jesus é
o Messias. Só compreenderão isso claramente a partir da cena seguinte, onde
Jesus começa a revelar seu próprio destino (Mc 8,27-10,52).
O cego é
figura dos discípulos que, apesar de terem visto os inúmeros sinais realizados
por Jesus, continuam com a ideia fixa de um Messias nacionalista, dominador dos
povos. Não entendem a prática de Jesus; não sabem quem ele é. Esse episódio,
exclusivo de Marcos, torna-se um símbolo do que Jesus fará doravante com seus
discípulos. Vai conduzi-los e levá-los a ter compreensão correta de sua pessoa
e de sua missão. Jesus realiza a cura do cego em dois atos. No primeiro, o cego
ainda vê de modo confuso; só depois do segundo ato é que ele vê claramente. À
medida que os discípulos compreendem com clareza quem é Jesus, poderão aderir a
ele e a seu projeto com mais consciência e liberdade. Sua adesão será então
autêntica resposta de amor.
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