* 1 Jesus foi para Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2 Quando chegou o sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde vem tudo isso? Onde foi que arranjou tanta sabedoria? E esses milagres que são realizados pelas mãos dele? 3 Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa de Jesus. 4 Então Jesus dizia para eles que um profeta só não é estimado em sua própria pátria, entre seus parentes e em sua família. 5 E Jesus não pôde fazer milagres em Nazaré. Apenas curou alguns doentes, pondo as mãos sobre eles. 6 E Jesus ficou admirado com a falta de fé deles.
Comentário:
* 6,1-6a: Os conterrâneos de Jesus se
escandalizam: não querem admitir que alguém como eles possa ter sabedoria
superior à dos profissionais e realize ações que indiquem uma presença de Deus.
Para eles, o empecilho para a fé é a encarnação: Deus feito homem, situado num
contexto social.
O
breve texto nos mostra Jesus numa de suas principais atividades, isto é,
ensinando. Ensina na sinagoga e percorre “os vilarejos vizinhos, ensinando”. As
reações dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso grupo adere a
Jesus e a seus ensinamentos, e outra parte o rejeita. Em Nazaré, onde havia
passado a infância e a adolescência, Jesus encontra grande rejeição à sua
presença libertadora. Tanto que ele extravasa um lamento: “Um profeta só é
desprezado em sua terra, entre seus parentes, e em sua casa”. A aversão ao Mestre
chega a tal ponto, que ele não consegue realizar aí nenhum milagre. A seus
conterrâneos faltam fé e abertura de coração. Mas o “carpinteiro, filho de
Maria”, segue seu caminho levando a Boa-Nova a outros povos e regiões, talvez
mais receptivos à sua mensagem.
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