terça-feira, 15 de abril de 2025
Mateus 26, 14-25 O Messias vai ser morto.
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi aos chefes dos sacerdotes, 15 e disse: “O que é que vocês me darão para eu entregar Jesus a vocês?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16 E a partir desse momento, Judas procurava uma boa oportunidade para entregar Jesus.
O novo Cordeiro pascal -* 17 No primeiro dia dos ázimos, os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comermos a Páscoa?” 18 Jesus respondeu: “Vão à cidade, procurem certo homem, e lhe digam: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, eu vou celebrar a Páscoa em sua casa, junto com os meus discípulos.’ “ 19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou, e prepararam a Páscoa. 20 Ao cair da tarde, Jesus se pôs à mesa, com os doze discípulos. 21 Enquanto comiam, Jesus disse: “Eu lhes garanto: um de vocês vai me trair.” 22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23 Jesus respondeu: “Quem vai me trair, é aquele que comigo põe a mão no prato. 24 O Filho do Homem vai morrer, conforme a Escritura fala a respeito dele. Porém, ai daquele que trair o Filho do Homem. Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25 Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, será que sou eu?” Jesus lhe respondeu: “É como você acaba de dizer.”
Comentário:
* 26,1-16: Cf. nota em Mc 14,1-11: A atividade de Jesus vai levá-lo à morte. Entre a conspiração das autoridades e a decisão que Judas toma de trair Jesus, temos o gesto significativo de uma mulher: reconhecendo o verdadeiro sentido da pessoa de Jesus, ela o unge como Messias (unção na cabeça) que vai morrer. O que ela faz é mais importante do que dar esmola aos pobres: não é possível realmente fazer o bem a eles a não ser dentro do projeto de Jesus. A ausência física de Jesus será depois ocupada pelos pobres, que se tornarão sacramento da presença dele.
* 17-25: Cf. nota em Mc * 14, 12-21: A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.
Ontem meditamos a narração do anúncio da traição feita por João. Hoje vemos essa mesma narração a partir da visão de Mateus. Judas trai Jesus por trinta moedas de prata, não compreendendo o sentido da sua messianidade. Sendo um zelota, provavelmente espera um messias diferente, mais político e violento. Vemos aqui expresso de modo claro o que acontece quando a ganância humana se sobrepõe ao amor a Deus. Muito mais do que a maldade de Judas, porém, o Evangelho destaca o amor do Pai que se dá no Filho. A traição de Judas causa uma dor profunda em Jesus, mas ele aceita o plano divino, mostrando que tudo isso é necessário para que a glória de Deus se manifeste à humanidade.
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