domingo, 27 de abril de 2025

João 3, 1-8 O nome de Jesus liberta.

* 1 Pedro e João iam subindo ao Templo para a oração das três horas da tarde, 2 quando viram trazer um homem, coxo de nascença. Costumavam colocá-lo todos os dias na porta do Templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam no Templo. 3 Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. 4 Pedro e João olharam bem para o homem. E Pedro disse: “Olhe para nós.” 5 O homem olhou os dois com atenção, esperando receber alguma coisa. 6 Então Pedro disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu lhe dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareu, levante-se e comece a andar!” 7 Depois Pedro pegou a mão direita do homem e o ajudou a se levantar. Na mesma hora, os pés e tornozelos do homem ficaram firmes. 8 Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. Comentário: * 1-10: O episódio, com suas consequências, lembra a cura do cego de nascença (cf. Jo 9). Pedro e João personificam a Igreja, através da qual Jesus continua presente e atuante. O aleijado encarna a situação do povo fraco e dependente. A riqueza (ouro e prata) não liberta; ao contrário, produz sempre novas formas de submissão e opressão. Só o nome de Jesus é capaz de libertar o povo, fazendo-o levantar-se e caminhar. O batismo marca o nosso nascimento para uma vida nova, vida orientada para Deus e que tem o Reino como destino final. É o próprio Espírito Santo que age no batismo e nos reveste, gerando nova criatura. Mas essa vida nova é exigente, pede-nos um compromisso total de vida que muitas vezes não é entendido pelos que não creem. A perseguição aos discípulos, de ontem e de hoje, é prova da dificuldade dessa vida nova. Um detalhe curioso do Evangelho de hoje é a indicação de que Nicodemos procura Jesus “de noite”. Em João, a noite tem valor simbólico, pois esse Evangelho está todo centrado na oposição entre trevas e luz. Cristo é a luz verdadeira que ilumina a noite, ilumina Nicodemos e, hoje, ilumina cada um de nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário