segunda-feira, 6 de maio de 2024

João 16, 5-11 O Espírito vai desmascarar o mundo.

5 Mas agora eu vou para aquele que me enviou. E ninguém de vocês pergunta para onde eu vou? 6 Mas porque eu lhes disse essas coisas, a tristeza encheu o coração de vocês. 7 Entretanto, eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá embora, porque, se eu não for, o Advogado não virá para vocês. Mas se eu for, eu o enviarei. 8 Quando o Advogado vier, ele vai desmascarar o mundo, mostrando quem é pecador, quem é o Justo e quem é o condenado. 9 Quem é pecador? Aqueles que não acreditaram em mim. 10 Quem é o Justo? Sou eu. Mas vocês não me verão mais, porque eu vou para o Pai. 11 Quem é o condenado? É o príncipe deste mundo, que já foi condenado.” Comentário: * 4b-15: Através do testemunho dos discípulos, o testemunho de Jesus continua na história. Guiados pelo Espírito, os discípulos se tornam capazes de interpretar o mundo a partir da palavra e ação de Jesus. Em qualquer lugar e época, eles irão testemunhar, mostrando que: o pecador é aquele que rejeita a obra de Deus realizada em Jesus e em seus seguidores; o justo é Jesus, presente e atuante naqueles que o testemunham; o condenado é príncipe ou chefe do sistema que condenou Jesus e continua perseguindo seus seguidores. Desse modo, o julgamento de Deus inverte o julgamento dos homens: a morte de Jesus transforma-se em vida, e aqueles que o condenaram, agora são condenados. Três aspectos sobressaem neste trecho: primeiro, o retorno de Jesus ao Pai; segundo o imediato envio do Espírito Santo; terceiro, a atuação do Espírito Santo em favor das comunidades cristãs. Os discípulos mergulharam na tristeza, porque haveriam de enfrentar tribulações. Porém, serão beneficiados com a volta de Jesus ao Pai. Jesus tem de ser glorificado antes de enviar o Espírito (cf. Jo 7,39). O Espírito Santo vai esclarecer o significado da obra de Jesus. Mostrará que a sociedade, que não acreditou em Jesus e o matou, cometeu pecado; que Jesus, de fato, é inocente, pois veio do Pai e volta ao Pai; que o “chefe deste mundo” (o mal) está condenado. É um julgamento que se prolonga na história. Ao mesmo tempo, o Espírito age como defensor dos cristãos e como acusador dos que não creem em Cristo.

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