domingo, 19 de maio de 2024

João 19, 25-34 A relação entre Israel e a comunidade de Jesus.

* 25 A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz. 26 Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: “Mulher, eis aí o seu filho.” 27 Depois disse ao discípulo: “Eis aí a sua mãe.” E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa. Jesus amou até o fim -* 28 Depois disso, sabendo que tudo estava realizado, para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: “Tenho sede.” 29 Havia aí uma jarra cheia de vinagre. Amarraram uma esponja ensopada de vinagre numa vara, e aproximaram a esponja da boca de Jesus. 30 Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está realizado.” E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. A morte de Jesus é o maior sinal de vida -* 31 Era dia de preparativos para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque esse sábado era muito solene para eles. Então pediram que Pilatos mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32 Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro, que estavam crucificados com Jesus. 33 E se aproximaram de Jesus. Vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas, 34 mas um soldado lhe atravessou o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. Comentário: * 25-27: A mãe de Jesus representa aqui o povo da antiga aliança que se conservou fiel às promessas e espera pelo salvador. E o discípulo amado representa o novo povo de Deus, formado por todos os que dão sua adesão a Jesus. Na relação mãe-filho, o evangelista mostra a unidade e continuação do povo de Deus, fiel à promessa e herdeiro da sua realização. * 28-30: O projeto de Deus a respeito do homem se completa na morte de Jesus, sinal do seu dom de amor até o fim. O Espírito que Jesus entrega é o mesmo que o conduziu em toda a sua atividade. Ele realiza o reino universal e constitui o novo povo de Deus, que continuará a obra de Jesus. * 31-37: Morto na cruz, Jesus é o grande sinal, o ápice de todos os sinais narrados pelo evangelista. O sangue simboliza a morte; a água simboliza o Espírito que dá a vida: com sua morte Jesus trouxe a vida. Captar e testemunhar este sinal é questão decisiva, pois só através dele a história do homem vai encontrar a possibilidade de chegar à sua plenitude, dando lugar à sociedade livre e fraterna. É acreditando na vida de Jesus que o cristão continua a obra libertadora por ele iniciada. No dia 21 de novembro de 1964, ao encerrar a 3ª sessão do Concílio Vaticano II, o papa São Paulo VI, durante a missa, declarou Maria Santíssima “Mãe da Igreja”, com as seguintes palavras: “Nós proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores, que a chamam Mãe amorosíssima; e queremos que, por esse título suavíssimo, doravante a Virgem seja ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão”. Em 2018, o papa Francisco determinou que essa memória litúrgica passasse a ser obrigatória para toda a Igreja. A motivação dessa celebração encontra-se no decreto, no qual se lê: “O Sumo Pontífice Francisco, considerando atentamente o quanto a promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e nos fiéis, como também da genuína piedade mariana, estabeleceu que a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no calendário romano na segunda-feira após Pentecostes e celebrada todo ano. Esta celebração nos ajudará a recordar que a vida cristã, para crescer, deve estar ancorada no mistério da cruz, na oblação de Cristo no banquete eucarístico, na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”.

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