-* 1 Jesus contou
aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir. Ele dizia: 2 “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3 Na mesma cidade havia uma viúva, que ia à procura do juiz, pedindo: ‘Faça-me justiça contra o meu adversário!’ 4 Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum; 5 mas essa viúva já está me aborrecendo. Vou
fazer-lhe
justiça,
para que
ela não
fique
me incomodando’.” 6 E o Senhor acrescentou: “Escutem o que está dizendo esse juiz injusto. 7 E Deus não faria justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8 Eu lhes declaro que Deus fará justiça para eles, e bem depressa. Mas, o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?”
Comentário:
* 18,1-8: Insistência e perseverança só
existem naqueles que estão insatisfeitos com a situação presente e, por isso,
não desanimam; do contrário, jamais conseguiriam alguma coisa. Deus atende
àqueles que, através da oração, testemunham o desejo e a esperança de que se
faça justiça.
Na
caminhada para Jerusalém, Jesus continua formando seus seguidores. O
ensinamento deste domingo é sobre a necessidade da oração e o fortalecimento da
fé. Essas duas realidades – oração e fé – parecem andar juntas. O texto inicia
com a oração e conclui com a fé. O evangelista apresenta o caso de uma pobre viúva,
sem apoio de nenhum homem. Viúva no tempo de Jesus é protótipo de pessoa pobre,
juntamente com órfãos e estrangeiros. Essa viúva busca um juiz para que lhe
faça justiça. Depois de muita insistência, o juiz atende o apelo da mulher.
Como sempre, é muito difícil os pobres serem atendidos. Nesse sentido, vale a
pena perguntar o que fazemos diante das injustiças que se cometem contra os
empobrecidos todo santo dia. Oxalá eles ainda mexam conosco! O exemplo dessa
pobre viúva deve nos incentivar a depositar nossa confiança em Deus, justo
juiz, e a nunca esmorecer diante das necessidades dos pobres. A fé pode
enfraquecer quando deixamos de orar e não nos solidarizar com os necessitados.
A oração e o engajamento no compromisso com o Reino de Deus certamente fortalecerão
nossa fé. Como nos diz Tiago em sua carta: a fé sem obras é morta (2,26).
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