* 37 Enquanto Jesus
falava,
um fariseu
o convidou
para jantar
em casa.
Jesus
entrou,
e se pôs
à mesa.
38 O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tinha lavado as mãos antes da refeição. 39 O Senhor disse ao fariseu: “Vocês, fariseus, limpam o copo e o prato por fora, mas o interior de vocês está cheio de roubo e maldade. 40 Gente sem juízo! Aquele que fez o exterior, não fez também o interior? 41 Antes, dêem em esmola o que vocês possuem, e tudo ficará puro para vocês.
Comentário:
* 37-54: No seu caminho, Jesus desmascara
os donos da estrutura antiga. Os fariseus deixam de lado a justiça e o amor de
Deus e, para esconder roubos e maldades, se refugiam atrás de todo um aparato
de falsa religiosidade. Os especialistas em leis se apossam da chave da
ciência, isto é, interpretam as leis de acordo com seus próprios interesses;
exercem assim controle ideológico sobre o povo, impedindo-o de ver as
possibilidades de transformação.
Visto que Jesus veio para todos, não recusa o convite do fariseu para
tomar refeição. É que muitas vezes os fariseus se aliam aos doutores da Lei
para desclassificar Jesus. Também neste caso, certamente há segundas intenções.
Com efeito, o fariseu estranha o fato de Jesus não respeitar certas prescrições
da pureza ritual (lavar-se antes de comer). Jesus, por sua vez, colhe a ocasião
para mostrar ao seu anfitrião a necessidade de buscar o essencial: a prática da
justiça e do amor, que é o centro da nova sociedade inaugurada por Jesus. Daí a
sugestão de dar esmola, um gesto concreto que implica envolvimento pessoal e
solidariedade. Não se dá esmola só com palavras. O fariseu e nós somos
convidados a seguir Jesus mediante o exercício concreto do amor e da
misericórdia.
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