* 47 “O Reino do Céu é ainda como uma rede lançada ao mar. Ela apanha peixes de todo o tipo. 48 Quando está cheia, os pescadores
puxam a rede
para a praia,
sentam-se
e escolhem:
os peixes
bons
vão
para os cestos,
os que
não
prestam
são
jogados
fora.
49 Assim
acontecerá
no fim
dos tempos:
os anjos
virão
para separar
os homens
maus
dos que
são
bons.
50 E lançarão
os maus
na fornalha
de fogo.
Aí eles vão
chorar
e ranger
os dentes.”
Um novo sentido para tudo -*
51 “Vocês compreenderam tudo isso?” Eles responderam: “Sim.” 52 Então Jesus acrescentou: “E
assim,
todo
doutor
da Lei
que
se torna
discípulo
do Reino
do Céu
é como pai
de família
que
tira
do seu baú coisas
novas
e velhas.”
Jesus é rejeitado como os
profetas -*
53 Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, saiu desse lugar,
Comentário:
*
47-50: A consumação do Reino se realiza através do
julgamento que separa os bons dos maus. Os que vivem a justiça anunciada por
Jesus tomarão parte definitiva no Reino; os que não vivem serão excluídos para
sempre. É preciso decidir desde já.
*
51-52: As parábolas revelam o segredo de Deus para
aqueles que têm fé. Por isso, o doutor da Lei que se torna discípulo de Jesus é
capaz de ver a ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. Em Jesus tudo se
renova e toma novo sentido.
*
53-58: Cf. nota em Mc 6,1-6. Os conterrâneos de Jesus
colocam a questão sobre a origem da autoridade dele, admirados de seu
ensinamento e poderes milagrosos. É impossível que Jesus, sendo um deles, tenha
a autoridade de Deus. Por isso, eles o rejeitam. Essa rejeição não é acidental:
é apenas mais uma prova de que Jesus é o enviado de Deus. De fato, todos os
profetas do Antigo Testamento também foram rejeitados.
A
parábola da rede que apanha todo tipo de peixes é uma advertência séria: Deus é
paciente, cabe a cada um decidir ser discípulo fiel de Jesus e comprometido com
o Reino dos Céus. É prudente fazer da própria vida uma constante doação a
serviço do próximo. Aos discípulos, instruídos sobre o “Reino dos Céus”, Jesus
convida a serem sábios: não desprezar o passado, o Antigo Testamento, mas em
cima do passado construir o presente, a nova comunidade de Cristo, a Igreja. Um
lembrete para os cristãos de hoje: não podemos ignorar dois mil anos de
história do cristianismo. Afinal, a Igreja atual se consolida e se fortalece
sobre as bases assentadas ao longo dos séculos e em toda parte, à custa da
multidão de testemunhas fiéis a Jesus Cristo, dentre elas uma fileira
incontável de mártires.
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