* 22 Quando os discípulos estavam reunidos na Galiléia, Jesus disse para eles: “O Filho do Homem vai ser entregue na mão dos homens. 23 Eles
o matarão,
mas
no terceiro
dia
ele ressuscitará.”
E os discípulos
ficaram
muito
tristes.
Os filhos são livres -*
24 Quando chegaram a Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo foram a Pedro, e perguntaram: “O
mestre
de vocês
não
paga
o imposto
do Templo?”
25 Pedro
respondeu:
“Paga,
sim.”
Ao entrar
em casa,
Jesus
adiantou-se,
e perguntou:
“O que
é que
você
acha,
Simão?
De quem
os reis
da terra
recebem
taxas
ou
impostos:
dos filhos
ou
dos estrangeiros?”
26 Pedro
respondeu:
“Dos estrangeiros!”
Então
Jesus
disse:
“Isso
quer
dizer
que
os filhos
não
precisam
pagar.
27 Mas,
para não
provocar
escândalo,
vá
ao mar,
e jogue
o anzol.
Na boca
do primeiro
peixe
que
você
pegar,
vai
encontrar
o dinheiro
para pagar
o imposto.
Pegue-o,
e pague
por mim e por você.”
Comentário:
*
22-23: Jesus
mostra, uma vez mais, qual é a verdadeira missão do Messias: dar a própria vida
e ressuscitar. Os discípulos, porém, ainda não compreendem o significado da
morte que gera a vida.
*
24-27: O
problema é pagar o imposto do Templo (v. 24) e o imposto imperial (v. 25). O
imposto implica domínio sobre os bens da pessoa. Esses bens, em primeiro lugar,
são de Deus. E os homens são filhos de Deus, antes de ser súditos de qualquer
poder. Portanto, eles não têm obrigação de pagar impostos. A razão para pagá-lo
é livre e secundária: evitar escândalo. O confronto e a ruptura entre Jesus e
as instituições se dão nesse nível mais profundo e decisivo, que supera a
própria instituição do Estado e do Templo.
O templo de Jerusalém era
considerado a casa de Deus. Aos poucos, com a venda de animais para o
sacrifício, foi se tornando local de comércio. Contra esse abuso, certa vez
Jesus se manifestou com vigor, expulsando daí os vendilhões. Aqui vem a questão
do imposto que todo israelita deveria pagar anualmente ao templo. Alguém
levantou dúvida se Jesus pagava ou não o imposto. Sim, pagava, mas como Filho
de Deus estava isento. E assim os outros filhos da mesma casa de Deus estariam
isentos. Entretanto, para não dar mau exemplo, nem criar indisposição contra o
regime sociorreligioso da época, Jesus pede a Pedro uma parcela do seu trabalho
(o primeiro peixe e a quantia suficiente) para cumprir essa obrigação. Certos
costumes só se podem corrigir com tempo e muita paciência!
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