41 As autoridades dos judeus começaram a criticar, porque Jesus tinha dito: “Eu sou o pão que desceu do céu.” 42 E comentavam: “Esse Jesus não é o filho de José? Nós conhecemos o pai e a mãe dele. Como é que ele diz que desceu do céu?” 43 Jesus respondeu: “Parem de criticar. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos Profetas: ‘Todos os homens serão instruídos por Deus’. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim. 46 Não que alguém já tenha visto o Pai. O único que viu o Pai é aquele que vem de Deus.
47 Eu garanto
a vocês:
quem
acredita
possui
a vida
eterna.
48 Eu sou o pão da vida. 49 Os pais de vocês comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50 Eis aqui o pão que desceu do céu: quem dele comer nunca morrerá.”
Jesus é o pão que sustenta para sempre -* 51 E Jesus continuou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida.”
Comentário:
* 35-50: Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Seus adversários não admitem que um homem possa ter origem divina e, portanto, possa dar a vida definitiva.
A Eucaristia é o sacramento
que manifesta eficazmente na comunidade esse compromisso com a encarnação e a
morte de Jesus.
A proposta de Jesus encontra a
resistência dos judeus, os quais murmuram porque acham difícil que Deus se
manifeste num homem comum, do qual conhecem o pai e a mãe, enfim, num simples
mortal. Isso faz lembrar os israelitas caminhando pelo deserto em busca da
Terra Prometida: duvidavam que Deus estivesse com eles quando veio a faltar o
pão; do mesmo modo, os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus. Ao
apresentar-se como o pão que desceu do céu, Jesus convida seus seguidores a se
alimentarem desse pão. Comer o pão da vida não consiste apenas em comungar na
missa do domingo. Comer o corpo de Cristo consiste em nos deixar transformar
por ele, assimilar sua pessoa na sua totalidade. Comungar Cristo na missa é
comungar com toda a comunidade: suas alegrias, esperanças e desafios. Comunhão
é ato comunitário. A partilha do Corpo de Cristo, alimento da eternidade, nos
torna cada vez mais unidos ao corpo do Senhor, que é a Igreja. Assim como o pai
alimenta os filhos com o fruto do seu trabalho, Jesus nos alimenta com sua
proposta de vida.
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