2 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha.
E se transfigurou diante deles. 3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas, como nenhuma lavadeira no mundo as poderia alvejar. 4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, que conversavam com Jesus.
5 Então Pedro
tomou
a palavra
e disse
a Jesus:
“Mestre,
é bom
ficarmos
aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.” 6 Pedro não sabia o que dizer, pois eles estavam com muito medo. 7 Então desceu uma nuvem e os cobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutem o que ele diz!” 8 E, de repente, eles olharam em volta e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.
9 Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles observaram a recomendação e se perguntavam o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
Comentário:
O episódio da transfiguração do
Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na
Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde
com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo Papa Calisto III, em 1456
(6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua
paixão-morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um
fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina,
Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos.
Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os
profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta
para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de
Jesus.
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