* 16
Ao cair
da tarde, os discípulos
de Jesus desceram
ao mar. 17 Entraram
na barca e foram
em direção a Cafarnaum,
do outro lado do mar. Já era noite,
e Jesus ainda não tinha ido
ao encontro deles.
18 Soprava vento
forte e o mar estava
agitado. 19 Os discípulos
tinham remado mais ou menos
cinco ou seis quilômetros, quando
viram Jesus andando
sobre as águas
e aproximando-se da barca.
Então ficaram
com medo, 20 mas Jesus
disse: “Sou
eu. Não tenham medo.”
21 Eles quiseram recolher
Jesus na barca,
mas nesse instante
a barca chegou à margem
para onde estavam indo.
Comentário:
* 16-21:
A proposta de Jesus não é entendida pela multidão e é mal interpretada pelos
discípulos. A multidão quer fazê-lo rei, o Messias da abundância. Os discípulos
se retiram, talvez pretendendo voltar à vida de antes. Jesus vai ao encontro
deles, e a crise é superada, embora não completamente resolvida.
A
narrativa apresenta a divindade de Jesus que, ao andar sobre a água, exerce seu
domínio sobre a natureza. Não dá ordem para que o mar se acalme, mas acalma os
temores dos discípulos, mediante a expressão que imediatamente o identifica:
“Sou eu” (cf. Ex 3,14). E acrescenta o complemento já familiar aos discípulos:
“Não tenham medo”. Pode acontecer que a comunidade cristã fique desorientada
pelas adversidades da vida, falta de bom exemplo, fuga de pessoas engajadas e
até perseguições de dentro e de fora. Então surge a tentação de desistir da
luta. É hora de relembrar que Jesus, em quem cremos e a quem servimos, é o
Senhor da história e está presente em nossas comunidades e em nossa vida, para
reavivar-nos a fé e a esperança.
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