* 1 Num dia de sábado, Jesus estava passando por uns campos de trigo. Os discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2 Então alguns fariseus disseram: “Por que vocês estão fazendo o que não é permitido em dia de sábado?” 3 Jesus respondeu: “Então vocês não leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam sentindo fome? 4 Davi entrou na casa de Deus, pegou e comeu dos pães oferecidos a Deus, e ainda os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães.” 5 E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor do sábado.”
Comentário:
Os discípulos de Jesus colhem espigas e as comem.
Interpretando o fato de debulhar espigas como colheita e, portanto, como
violação ao repouso sabático, os fariseus recriminam a atitude dos discípulos.
Apoiado em passagem da Escritura e citando o respeitado nome de Davi, Jesus
enuncia um princípio decisivo: em caso de necessidade, a manutenção da vida tem
precedência sobre o respeito às proibições religiosas. Sem alimentar-se não há
ser humano, que é maior do que qualquer prescrição, pois “o sábado foi feito
para o homem” (Mc 2,27). Ao dizer “o Filho do Homem é senhor do sábado”, Jesus
nos ensina que as instituições, estruturas, leis e costumes devem estar a
serviço do homem: podem ser abolidos e cair para segundo plano em qualquer
circunstância em que uma necessidade urgente o exigir.
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