* 31 Jesus foi a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e aí ensinava aos sábados. 32
As pessoas
ficavam
admiradas
com o seu ensinamento,
porque
Jesus
falava
com autoridade.
33 Na sinagoga
havia
um homem
possuído
pelo espírito
de um demônio
mau,
que
gritou
em alta
voz:
34 “O que
queres
de nós, Jesus
Nazareno?
Vieste
para nos destruir?
Eu sei
quem
tu és:
tu és
o Santo
de Deus!”
35 Jesus
o ameaçou,
dizendo:
“Cale-se,
e saia
dele!”
Então
o demônio
jogou
o homem
no chão,
saiu
dele,
e não
lhe fez
mal
nenhum.
36 O espanto
tomou
conta
de todos,
e eles comentavam
entre si: “Que
palavra
é essa? Ele manda
nos espíritos
maus
com autoridade
e poder,
e eles saem.”
37 E a fama
de Jesus
se espalhava
em todos
os lugares
da redondeza.
Comentário:
*
31-37: Cf. nota em Mc 1,21-28 Jesus vence a alienação -*
21 Foram
à cidade
de Cafarnaum
e, no sábado,
Jesus
entrou
na sinagoga
e começou
a ensinar.
22 As pessoas
ficavam
admiradas
com o seu ensinamento,
porque
Jesus
ensinava
como quem
tem
autoridade
e não
como os doutores
da Lei.
23 Nesse momento, estava na sinagoga um homem possuído por um
espírito
mau,
que
começou
a gritar:
24 “Que
queres
de nós, Jesus
Nazareno?
Vieste
para nos destruir?
Eu sei
quem
tu és:
tu és
o Santo
de Deus!”
25 Jesus
ameaçou
o espírito
mau:
“Cale-se,
e saia
dele!”26
Então
o espírito
mau
sacudiu
o homem
com violência,
deu
um grande
grito
e saiu
dele.
27 Todos
ficaram
muito
espantados
e perguntavam
uns
aos outros:
“O que
é isso?
Um ensinamento
novo,
dado
com autoridade...
Ele manda
até
nos espíritos
maus
e eles obedecem!”
28 E a fama
de Jesus
logo
se espalhou
por toda
parte,
em toda
a redondeza
da Galiléia.
Comentário:
*
21-28: A ação demoníaca
escraviza e aliena o homem, impedindo-o de pensar e de agir por si mesmo (por
exemplo: ideologias, propagandas, estruturas, sistemas etc.): outros pensam e
agem através dele. O primeiro milagre de Jesus é fazer o homem voltar à
consciência e à liberdade. Só assim o homem pode segui-lo.
Marcos não diz qual era o
ensinamento de Jesus; contudo, mencionando-o junto com uma ação de cura, ele
sugere que o ensinamento com autoridade repousa numa prática concreta de
libertação: com sua ação Jesus interpreta as Escrituras de modo superior a toda
a cultura dos doutores da Lei.
Coerente com seu programa missionário libertador, assumido na
sinagoga de Nazaré, Jesus vai a campo. Como de praxe, ensina nas sinagogas.
Fala com autoridade, de modo que as forças adversas (demônio impuro) lhe
obedecem, e seus ouvintes ficam maravilhados. Com sua palavra eficaz, Jesus
expulsa um espírito impuro, que percebe estar diante de uma força superior: “Eu
sei quem tu és: o Santo de Deus”. O espanto toma conta de todos, porque os
espíritos impuros são submetidos às ordens de Jesus, dadas com autoridade e
poder. Era inevitável que a fama de Jesus se espalhasse por toda parte. Mais
tarde, ele investirá seus discípulos com este mesmo poder, isto é, o de
libertar o povo da escravidão e de todas as amarras que o privam da vida plena
que Deus quer para todos.
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