* 12 No primeiro dia dos Ázimos, quando matavam os cordeiros para a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: “Onde queres que vamos preparar para que comas a Páscoa?” 13 Jesus mandou então dois de seus discípulos, dizendo:” Vão à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14 e digam ao dono da casa onde ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’ 15 Então ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. Preparem aí tudo para nós.” 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa.
A instituição da Eucaristia -* 22 Enquanto comiam,
Jesus
tomou
um pão
e, tendo
pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu a eles, e disse: “Tomem, isto é o meu corpo.” 23 Em seguida, tomou um cálice, agradeceu e deu a eles. E todos eles beberam. 24 E Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Eu garanto a vocês: nunca mais beberei do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.”
A fidelidade de Jesus aos seus -* 26 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte das Oliveiras.
Comentário:
* 12-21: A
celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da
escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida
e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão
do dinheiro e do poder.
* 22-25: A ceia
pascal de Jesus com os discípulos recorda a multiplicação dos pães. Ela
substitui as cerimônias do Templo e torna-se o centro vital da comunidade
formada pelos que seguem a Jesus. O gesto e as palavras de Jesus não são apenas
afirmação de sua presença sacramental no pão e no vinho. Manifestam também o
sentido profundo de sua vida e morte, isto é: Jesus viveu e morreu como dom
gratuito, como entrega de si mesmo aos outros, opondo-se a uma sociedade em que
as pessoas vivem para si mesmas e para seus próprios interesses. Na ausência de
Jesus, os discípulos são convidados a fazer o mesmo (“tomem”): partilhar o pão
com os pobres e viver para os outros.
* 26-31: Jesus
sabe que vai ser traído por um discípulo e abandonado pelos outros. Mostra
assim a plena gratuidade do seu dom, sendo fiel aos discípulos até o fim: marca
um novo encontro na Galiléia (cf. 16,7). Aí Jesus reunirá novamente os
discípulos para continuar a sua ação.
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