* 11 Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Ele atravessou uma tenda muito maior e mais perfeita, não construída por mãos humanas, isto é, ele atravessou uma tenda que não pertence a esta criação. 12 Ele entrou uma vez por todas no santuário, e não com sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, depois de conseguir para nós uma libertação definitiva. 13 Sangue de bodes e de touros e cinzas de novilha, espalhadas sobre pessoas impuras, as santificam, concedendo-lhes uma pureza externa. 14 Muito mais o sangue de Cristo que, com um Espírito eterno, se ofereceu a Deus como vítima sem mancha! Ele purificará das obras da morte a nossa consciência, para que possamos servir ao Deus vivo.
O sangue da nova aliança -* 15 Desse modo, ele é o mediador de uma nova aliança. Morrendo, nos livrou das faltas cometidas durante a primeira aliança, para que os chamados recebam a herança definitiva que foi prometida.
Comentário:
* 11-14: Aquilo que os judeus esperavam da
liturgia para o perdão dos pecados realizou-se concreta e definitivamente na
Páscoa de Cristo. Nele está presente o santuário, o sacerdote e o sacrifício.
Ele derrama o próprio sangue, isto é, oferece conscientemente sua vida a Deus
em benefício dos homens, seus irmãos. Desse modo, ele é o homem que, com a sua
obediência, purifica a partir de dentro a consciência humana. Desta vez, um
homem tem acesso junto ao próprio Deus. Ressuscitado e vivo para sempre, Cristo
permanece nessa relação de presença diante de Deus e de dom em favor dos
homens; é relação assumida uma vez por todas, definitiva e eternamente. Não
existe outro sacrifício a ser realizado. Chegou o tempo final, “os bens futuros”.
* 9,15-23: Para os judeus, sangue e sacrifício estão ligados com
perdão e aliança (cf. Ex 24). A nova aliança foi estabelecida pela morte e
ressurreição de Cristo. O autor joga com os dois sentidos da mesma palavra que,
em grego, significa “aliança”, mostrando que Jesus, com sua morte, deixou-nos a
nova aliança como testamento. Cristo é ao mesmo tempo redentor e mediador: nele
encontramos o perdão e nele nos relacionamos com Deus.
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