domingo, 31 de março de 2013

Lucas 24, 13-35 Jesus caminha com os homens.

* 13 Nesse mesmo dia, dois discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam a respeito de tudo o que tinha acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: “O que é que vocês andam conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste. 18 Um deles, chamado Cléofas, disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o queaconteceu nesses últimos dias?” 19 Jesus perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo. 20 Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, faz três dias que tudo isso aconteceu! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo, 23 e não encontraram o corpo de Jesus. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas ninguém viu Jesus.”
Comentário:
* 13-35: Lucas salienta os «lugares» da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto.

sábado, 30 de março de 2013

Lucas 24, 1-12 Jesus está vivo.

* 1 No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. 2 Encontraram a pedra do túmulo removida. Mas ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus, 4 ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens, com roupas brilhantes, pararam perto delas. 5 Cheias de medo, elas olhavam para o chão. No entanto, os dois homens disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? 6 Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se de como ele falou, quando ainda estava na Galiléia: 7 ‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado, e ressuscitar no terceiro dia’.” 8 Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. 9 Voltaram do túmulo, e anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros. 10 Eram Maria Madalena, Joana, e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. 11 Contudo, os apóstolos acharam que eram tolices o que as mulheres contavam e não acreditaram nelas. 12 Pedro, porém, levantou-se e correu para o túmulo. Inclinou-se, e viu apenas os lençóis de linho. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.
Comentário:
* 1-12: A manhã desse primeiro dia da semana marca a transformação radical na compreensão a respeito do homem e da vida. O projeto vivido por Jesus não é caminho para a morte, mas caminho aprovado por Deus que, através da morte, leva para a vida. Doravante, o encontro com Jesus se realiza no momento em que os homens se dispõem a anunciar o coração da fé cristã.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Hebreus 4, 14-16; 5,7-9 Fidelidade e fé em Jesus.

14 Nós temos um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus. Por isso, mantenhamos firme a fé que professamos.
Jesus é misericordioso com os homens -* 15 De fato, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado como nós, em todas as coisas, menos no pecado. 16 Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórdia, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno.
Durante a sua vida na terra, Cristo fez orações e súplicas a Deus, em alta voz e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte. E Deus o escutou, porque ele foi submisso. 8 Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos. 9 E, depois de perfeito, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos aqueles que lhe obedecem.
Comentário:
* 4,14: Após uma exposição sobre a fidelidade de Jesus, o autor faz longa exortação, mostrando que os cristãos devem ser fiéis, professando a fé em Jesus. Moisés e Josué não conseguiram introduzir o povo no descanso de Deus, porque o povo se revoltou e foi infiel a Deus tanto no deserto como em Canaã. Jesus é o novo Josué, é o guia do novo povo de Deus. Ele alcançou a verdadeira terra prometida, o verdadeiro descanso. Os cristãos não devem ser infiéis, como o povo israelita no deserto, mas acreditar em Jesus e segui-lo, para também eles chegarem ao descanso prometido.
* 4,15-5,10: Os cristãos não devem temer a Jesus, mas aproximar-se dele confiantes, certos de sua acolhida misericordiosa. A figura do sumo sacerdote se realiza plenamente em Jesus, de modo superior ao sacerdócio de Aarão e de qualquer liturgia terrena. Cristo atravessou o céu (4,14) e, ressuscitado, vive para sempre aquela “justa compaixão” que testemunhou aos homens no momento da Paixão. Como Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedec, Jesus se empenha para sempre, com toda a sua pessoa, na súplica e no sacrifício. A Paixão é vista aqui como a mais solene prece de intercessão e o mais sublime ato de obediência.
Os vv. 9-10 anunciam o tema da próxima parte: levado à perfeição, Jesus tornou-se o princípio de salvação eterna, pois recebeu de Deus o título de sumo sacerdote.