quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Mateus 19, 3-12 Matrimônio e celibato.

3 Alguns fariseus se aproximaram de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” 4 Jesus respondeu: “Vocês nunca leram que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? 5 E que ele disse: ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6 Portanto, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar.” 7 Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio ao despedir a mulher?” 8 Jesus respondeu: “Moisés permitiu o divórcio, porque vocês são duros de coração. Mas não foi assim desde o início. 9 Eu, por isso, digo a vocês: quem se divorciar de sua mulher, a não ser em caso de fornicação, e casar-se com outra, comete adultério.” 10 Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, então é melhor não se casar.” 11 Jesus respondeu: “Nem todos entendem isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12 De fato, há homens castrados, porque nasceram assim; outros, porque os homens os fizeram assim; outros, ainda, se castraram por causa do Reino do Céu. Quem puder entender, entenda.” Comentário: * 19,1-12: Cf. nota em Mc 10,1-12. Diante do matrimônio indissolúvel, os discípulos observam que o celibato é melhor. Jesus mostra que a escolha do celibato é dom de Deus, e que este só adquire todo o seu valor quando é assumido com plena liberdade em vista de serviço ao Reino. Jesus contesta a sociedade permissiva de seu tempo e recorda aos discípulos o desígnio do Criador: Deus criou o homem e a mulher para um matrimônio indissolúvel. O casamento baseia-se no amor forte que rompe os laços com os pais e deixa o casal totalmente livre para construir nova família. Se houve alguma concessão por parte de Moisés, era apenas um remendo no projeto original de Deus, e a separação era permitida por causa da insensibilidade humana ao amor. Mais que procurar motivos para se divorciar, o casal cristão deve encontrar motivos para unir-se ainda mais. O não casar, isto é, o celibato, se justifica quando for assumido em função do Reino de Deus. Em outras palavras, a pessoa acolhe o celibato como dom de Deus, a fim de entregar-se completamente à causa da justiça.

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