sábado, 5 de novembro de 2022

Mateus 5, 1-12 Bem-aventuranças: anseio por um mundo novo.

-* 1 Jesus viu as multidões, subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos se aproximaram, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. 4 Felizes os aflitos, porque serão consolados. 5 Felizes os mansos, porque possuirão a terra. 6 Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. 8 Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. 11 Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. 12 Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês.” Comentário: * 1-12: As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito.” Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade. A exemplo de Moisés, que, na montanha, recebe a Lei e a entrega ao povo, Jesus, ao ver as multidões que vêm a ele, sobe a montanha e nos deixa a nova Lei, as bem-aventuranças. À primeira vista, parece que as bem-aventuranças conclamam para a acomodação, e que são uma fuga do mundo; ao contrário, são um anúncio para o não conformismo e para a busca dos valores do Reino de Deus: paz, justiça, misericórdia. Também não são uma proposta de felicidade para a vida após a morte, mas para o presente. A presença de pobres, aflitos e perseguidos é sinal de que a proposta do reinado de Jesus está longe de ser concretizada. Jesus propõe felicidade para todos, e não apenas para alguns privilegiados. Para a sociedade moderna, felizes são os ricos, os poderosos, os “bem de vida” e os que podem consumir à vontade. Jesus, ao contrário, nos diz: felizes os pobres, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos por causa da justiça. Todos esses também têm direito à felicidade. Sensível ao sofrimento, Deus está do lado de todos eles. A vivência das bem-aventuranças é o melhor caminho para buscar a santidade. Caminho seguido por todos os santos e santas que comemoramos neste domingo

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