quarta-feira, 6 de abril de 2022

João 8, 51-59 Jesus é maior do que Abraão.

51“Em verdade, em verdade, eu vos digo, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?” 54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou por ver o meu dia; ele o viu e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens e viste Abraão!?” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do templo. Comentário: * 48-59: Abraão se alegrou com a promessa feita por Deus de que o futuro Messias iria sair da sua descendência (Gn 12,7; 15,2ss; Gl 3,16). Jesus vai muito além, e atribui a si mesmo o título do Deus do êxodo: "Eu Sou". Ainda estamos no capítulo 8 do Evangelho de João. Jesus continua lidando com os judeus e suas descrenças, dúvidas e questionamentos. Poderíamos afirmar que a falta de sintonia entre Jesus e os judeus se deve – também – ao fato de que ambos estão posicionados em lados opostos e falam a partir de entendimentos distintos. Há, sim, pontos comuns entre Jesus e os judeus – e não poderia ser diferente -, contudo, a maneira de compreender e interpretar a realidade faz com que os passos de um e outro trilhem estradas distintas. Jesus é a luz, a verdade, aquele que vence a morte e aquele que é. Aos poucos, nesse caminho quaresmal, vamos descortinando quem é Jesus de forma muito didática justamente porque esse caminho nos leva a conhecê-lo para assumi-lo em nossa vida. Não nos esqueçamos de que esse tempo que a Igreja nos oferece é por excelência tempo de preparação para assumir (ou reassumir) o batismo junto com vitória sobre a morte do Ressuscitado.

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