* 1 “Prestem atenção! Não pratiquem a justiça de vocês diante dos homens, só para serem elogiados por eles. Fazendo assim, vocês não terão a recompensa do Pai de vocês que está no céu.”
Relação com o próximo -* 2 “Por isso,
quando
você
der
esmola,
não
mande
tocar
trombeta
na frente,
como fazem
os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. 3 Ao contrário, quando você der esmola, que a sua esquerda não saiba o que a sua direita faz, 4 para que a sua esmola fique escondida; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você.”
Relação com Deus -* 5 “Quando vocês rezarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas, para serem vistos pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. 6 Ao contrário, quando você rezar, entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao seu Pai ocultamente; e o seu Pai, que vê o escondido, recompensará você.”
O “Pai nosso” -* 7 “Quando vocês rezarem, não usem muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa do seu palavreado. 8 Não sejam como eles, pois o Pai de vocês sabe do que é que vocês precisam, ainda antes que vocês façam o pedido.
9 Vocês devem rezar assim: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. 11 Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia. 12 Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. 13 E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14 De fato, se vocês perdoarem aos homens os males que eles fizeram, o Pai de vocês que está no céu também perdoará a vocês. 15 Mas, se vocês não perdoarem aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito.”
Comentário:
* 6,1: O termo justiça se refere, aqui,
a atitudes práticas em relação ao próximo (esmola), a Deus (oração), e a si
mesmo (jejum). Jesus não nega o valor dessas práticas. Ele mostra como devem
ser feitas para que se tornem autênticas.
* 2-4: A esmola é um gesto de partilha,
e deve ser o sinal da compaixão que busca a justiça, relativizando o egoísmo da
posse. Dar esmola para ser elogiado é servir a si mesmo e, portanto,
falsificá-la.
* 5-6: Na oração, o homem se volta para
Deus, reconhecendo-o como único absoluto, e reconhecendo a si mesmo como
criatura, relativizando a auto-suficiência. Por isso, rezar para ser elogiado é
colocar-se como centro, falsificando a oração.
* 7-15: Mateus aproveita o tema da
oração para inserir aqui o Pai-nosso (cf. Lc 11,1-4), contrapondo a oração
cristã à oração dos fariseus e dos pagãos. O Pai-nosso mostra a simplicidade e
intimidade do homem com Deus. Na primeira parte, pede-se que Deus manifeste o
seu projeto de salvação; na segunda, pede-se o essencial para que o homem possa
viver segundo o projeto de Deus: pão para o sustento, bom relacionamento com os
irmãos e perseverança até o fim.
As crianças, mediante orações
simples, surpreendem os adultos. Elas expressam, sem rodeios: “Papai do Céu,
arrume um emprego para o meu pai. Obrigado”. Dado que são sinceras e
confiantes, serão atendidas. Jesus, nosso principal modelo de oração, não
condena a insistência nos pedidos; ao contrário, a recomenda, conforme o faz na
parábola do juiz e da viúva (cf. Lc 18,1ss). O que Jesus corrige é nossa
tendência a multiplicar palavras (amontoar frases vazias) quando rezamos. Ao
ensinar-nos a rezar, Jesus nos apresenta a essência da oração cristã. O
Pai-nosso contém uma invocação e sete pedidos, três em honra de Deus e quatro a
favor do ser humano. Nossa oração só será eficaz se for acompanhada do perdão a
quem nos ofendeu.
Oração
Ó Jesus, mestre de oração, faze-nos compreender que rezar não é cair na repetição de palavras vazias. Rezar é entrar em comunhão com o Pai celeste, expressando-lhe nossos anseios profundos e essenciais, com a certeza de que nossa oração só será eficaz se for acompanhada com a atitude de perdão. Amém.
Ó Jesus, mestre de oração, faze-nos compreender que rezar não é cair na repetição de palavras vazias. Rezar é entrar em comunhão com o Pai celeste, expressando-lhe nossos anseios profundos e essenciais, com a certeza de que nossa oração só será eficaz se for acompanhada com a atitude de perdão. Amém.
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