* 1 Depois disso, Jesus começou a andar pela Galiléia. Ele evitava andar pela Judéia, porque os judeus queriam matá-lo. 2 Entretanto, a festa judaica das Tendas estava próxima. 10 Depois que seus irmãos foram para a festa, Jesus também foi; ele não foi publicamente, mas às escondidas.
Jesus é o enviado do Pai -* 25 Algumas pessoas de Jerusalém comentavam: “Não é este que estão procurando para matar? 26 Ele está aí falando em público, e ninguém diz nada! Será que até as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27 Entretanto, nós sabemos de onde vem esse Jesus, mas, quando chegar o Messias, ninguém saberá de onde ele vem.” 28 Jesus estava ensinando no Templo. Então ele gritou: “Será que de fato vocês me conhecem e sabem de onde eu sou? Eu não vim por mim mesmo. Quem me enviou é verdadeiro, e vocês não o conhecem. 29 Mas eu o conheço, porque venho de junto dele, e foi ele quem me enviou.”
30 Então tentaram prender Jesus. Mas ninguém pôs a mão em cima dele, porque a hora dele ainda não tinha chegado.
Comentário:
* 7,1-13: A atividade de Jesus denuncia o
agir perverso da sociedade, e por isso provoca ódio. Os parentes de Jesus
pensam no sucesso. As autoridades o procuram, vendo nele um perigo. E o povo
expressa opiniões diversas a respeito dele: uns o julgam a partir das obras que
ele realiza (Jesus é bom), e outros a
partir de leis e estruturas estabelecidas (engana
o povo). Assim a presença de Jesus é sinal de contradição que vai revelando
a face das pessoas.
* 25-36.40-44: Os dirigentes dos judeus tentam
prender Jesus, que para eles é uma ameaça. E no meio do povo a divisão
continua: o tema da discussão é sobre a origem do Messias. Uns não aceitam
Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem do Messias. Outros, que já
são muitos, acreditam que Jesus é o Messias, porque prestam atenção na sua
prática libertadora e vêem nisso sinal da presença de Deus. E Jesus então
mostra o verdadeiro critério para reconhecer o Messias: não é o lugar de sua
origem, mas o fato de ele ser o enviado de Deus, cuja atividade seja
reconhecida pelas obras que faz.
Por
prudência, Jesus evita circular pela Judeia, já que os judeus “pretendiam
matá-lo”. Mesmo assim, vai a Jerusalém, “não publicamente, mas às escondidas”.
Infelizmente, os chefes do povo querem emudecer aquele que tem palavras de vida
eterna e acorrentar o libertador de tantos corações! O mundo cometerá o grave
erro de eliminar o Inocente, deixando livres os malfeitores. Contudo, a
“palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9). Mesmo correndo perigo de vida,
Jesus continua ensinando no Templo e, em voz clara, desafia seus ouvintes:
“Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde sou?”. Segue reafirmando que
conhece a Deus e vem de junto dele. Movimentam-se os chefes para prender Jesus,
mas ainda não o conseguem: “Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente” (Jo
10,18).
Oração
Ó
destemido Jesus, mesmo sabendo que tua vida corre perigo por causa dos
inimigos, continuas falando bem alto e ensinando no Templo. Teu testemunho de
fidelidade ao Pai nos incentiva a sermos, também nós, fiéis cumpridores da
vontade de Deus. Dá-nos, Senhor, coragem e força para a missão. Amém.
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