* 33 Eles disseram a Jesus: “Os discípulos
de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com freqüência
e fazem orações, mas os teus
discípulos comem e bebem.” 34
Mas Jesus disse: “Vocês acham que
os convidados de um casamento podem
fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35 Mas
vão chegar dias em que o noivo será tirado
do meio deles; nesses dias eles vão jejuar.” 36 Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém
tira retalho de roupa nova para remendar
roupa velha; senão, vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combina
com a roupa velha. 37 Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque, de fato, o vinho novo arrebenta os barris velhos, e se derrama, e os barris
se perdem. 38 Vinho novo
deve ser colocado em barris novos. 39 E ninguém,
depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor.”
Comentário:
* 33-39: Cf. nota em
Mc 2,18-22. Lucas salienta que quem está habituado às estruturas do velho
sistema, e não se predispõe à mudança, jamais aceita a novidade trazida por
Jesus (v. 39).
O comentário dos doutores da Lei e dos
fariseus é uma provocação a Jesus. Mais que isso, é uma acusação, como se a
pequena comunidade de Jesus estivesse cometendo erro. Por que haveriam de fazer
jejum os discípulos de Jesus? Eles estão usufruindo da plena presença do
Messias (o noivo). O jejum era proposto e observado como sinal de espera da
salvação. Ora, o Salvador já está entre eles. A questão é que os mestres da Lei
e os fariseus não querem “ver” Jesus, nem reconhecer que ele é o enviado do Pai
para redimir o mundo. Ficam fechados num legalismo paralisante e não se abrem
para a Boa-nova. Não aceitam converter-se para Jesus. Acomodam-se às estruturas
antigas, ineficazes, sem o sopro renovador do Espírito. Não querem mudança;
preferem a mesmice: “O vinho velho é melhor!”.
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